O único lado que deveria existir

domingo, 13 de dezembro de 2020

                                         


Direita ou esquerda? Este político ou o outro? Atitudes mais conservadoras ou mais radicais?

Atualmente vejo muitas pessoas classificarem mais ou menos dessa forma tudo o que acontece em nosso país. A pandemia, o desemprego, a gripe que a avó pegou, o acidente grave que ocorreu numa estrada específica, etc. Parece que tudo é culpa dos governantes!!

Deixo claro que não estou defendendo nenhum político muito menos dizendo que os governantes não têm certas responsabilidades, estou analisando apenas a nossa moda de achar culpados para tudo, porém muitas situações a culpa são de nós mesmos.

Retirando situações que sim, são descasos do governo ou simplesmente da força da natureza, outras são culpa nossa.

Acidentes nas estradas nem sempre é culpa dos buracos, muitas vezes é culpa do motorista que bebeu uma cervejinha e achou que não ia dar nada, ou do proprietário do carro que fez aniversário de 5 anos sem revisão.

Desemprego pode ser consequência também de má administração ou de desvios de dinheiro, porque simmmm pessoas, nas empresas privadas também podem ter desvios de dinheiro sabiam?

Gripe da vó pode ser porque ela está com a imunidade baixa, pode ser que por conta da idade mesmo e porque o corpo está seguindo seu ritmo ou porque não está tendo alimentação rica em nutrientes que necessita.

A pandemia, essa merece um parágrafo especial. Apesar de haver inúmeras teorias de onde surgiu, como surgiu, a proliferação de números de contaminados não é necessariamente devido o vírus existir, mas sim pelo comportamento das pessoas que não estão se cuidando como devem, claro, do grupo de pessoas que está agindo assim.

Esses são alguns exemplos aleatórios para falar do costume que as pessoas estão tendo do ataque gratuito. Não digo que não possa haver opiniões contrárias sobre os assuntos, estou dizendo que nem tudo é culpa dos governantes, sejam eles quais forem.

Vejo que independente de quem esteja governando o país, o estado ou nossa cidade, para muitos tudo é culpa deles. Tudo é culpa do governo, da empresa, do tempo, das estrelas, dos pássaros, da temperatura, da época do ano, das leis, da poluição, dos rios, ou da falta de rios, ufa! Estamos numa fase de culpar tudo por tudo, menos a nós mesmos.

Todo mundo vê o rabinho do outro menos o seu próprio, todo mundo vê o defeito do colega, do vizinho, menos os seus próprios defeitos, todo mundo vê os erros na administração pública, menos os erros de administração de suas próprias casas, todo mundo vê o erro do amigo, menos os seus.

Ver esses erros, esses defeitos alheios também não têm nada de ruim desde que a gente veja os erros ao nosso redor onde temos alcance e poder de mudança. Não estou dizendo que devemos fechar os olhos para o que ocorre de ruim no mundo, estou dizendo que muitas das mudanças que exigimos dos outros podem começar por nós mesmos. Estou dizendo que a mudança começa dentro de nós e depois em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade...

Esquerda, direita, norte, sul, diagonal, reto, curvado... nada disso deveria nos separar, nosso povo deveria se unir para o bem de todos, para o bem de nossa terra independente de quem esteja no governo, independentemente de partido.


Em vez de se unirem, as pessoas estão criando barreiras e se separando pela escolha de "lados", sendo que o único lado que deveria existir é o lado de ser brasileiro e querer o melhor para o país onde vivemos.

O valor do nosso trabalho

  


Vejo tantas pessoas em nosso país reclamarem do salário, do (a) chefe, do trabalho, disso e daquilo, vejo empresários ou pessoas em cargo de chefia reclamarem de seus subordinados, vejo um país onde o povo reclama pois não ganha o suficiente para viver.

Porém, vejo também pessoas com medo de serem demitidas e aguentando xingamentos de seus chefes, vejo pessoas humilhadas, trabalhando em péssimas condições de trabalho com medo de perderem o emprego e não terem como colocar comida em suas mesas. Nosso país vem sendo explorado desde o seu descobrimento e nosso povo carrega essa energia inconscientemente, carrega essa "herança" da exploração e talvez por isso esse comportamento de serem humilhados, ganhando mal e baixando a cabeça.

Precisamos mudar esse cenário e isso se faz com cada trabalhador dando mais valor à sua força de trabalho, isso se faz com não aceitar assédio moral no ambiente de trabalho e não digo que quem sofre isso deve brigar, dar porrada, não, nada disso, mas essas pessoas devem com educação se impor e exigir respeito. Cada um de nós tem valor, cada tarefa que fazemos por mais simples que pareça deve ser valorizada e quem deve reconhecer esse valor em primeiro lugar é nós mesmos.

Devemos dizer não ao assédio moral e a todos os outros assédios que por ventura ocorrem, nesse caso, estamos falando do ambiente de trabalho.

Devemos dizer não às horas extras que viram rotina e não algo que precisa ser realizado de vez em quando, porque sim, de vez em quando pode ser necessário, mas isso deve ser exceção e não regra e claro, deve ser remunerado.

Devemos dizer não a atividades que fogem do que foi combinado ser realizado no contrato de trabalho, na contratação.

Devemos dizer não à salários que sabemos que estão muito abaixo do mercado.

Devemos dizer não a falta de respeito, de educação por parte de chefias e colegas.

Devemos dizer não a "favores" a serem feitos em finais de semana ou feriados, a não ser claro, que tenha sido de comum acordo na contratação.

Devemos dizer não a não valorização de nossa mão de obra.

O país precisa de trabalhadores, se todos se unirem e valorizarem a si mesmos, quem contrata não terá outra opção a não ser valorizar também.

Entendo que muitos têm medo de agirem assim, afinal, se não se submeterem a certas situações exploradoras, serão demitidos e não terão o que comer. Mas a construção desse valor não precisa ser radical, pode ser aos poucos, usando argumentos e conversas francas e respeitosas. Quando fazemos um bom trabalho e somos respeitosos com quem nos contrata, não há porque essa pessoa nos prejudicar e se assim fizer, saiba que está se livrando e não perdendo.

Precisamos perder esse medo de nos dar valor, precisamos perder esse medo de enfrentar, com respeito e conversas educadas, nossos superiores. Eles não são monstros, eles não são deuses que irão nos julgar e nos condenar pelo resto da vida, eles são seres humanos que testam seus funcionários até onde esses permitirem e da forma que permitirem. Ninguém pode destruir nossa autoestima, nossa vida, nossos sonhos se não dermos autorização.

O brasileiro precisa se valorizar mais, procurar menos brigas e mais entendimentos, precisa ver que numa entrevista de emprego não é apenas o contratante nos entrevistando, mas também nós que devemos entrevistar o contratante para saber sobre a empresa, o que ela nos oferece e como será nossa função. Precisamos também entrevistar quem nos contrata para saber se aquele lugar que estão nos oferecendo uma vaga de emprego é um lugar que se encaixa nos nossos requisitos de onde queremos trabalhar, pois não é apenas nós que devemos nos encaixar nos requisitos de uma vaga, esta mesma vaga precisa nos encaixar nos nossos requisitos de onde queremos passar horas e horas do nosso dia. Mas para quem não tem esses requisitos e qualquer coisa serve, bom, para esses qualquer exploração, qualquer salário, qualquer assédio também serve.

Nós temos o poder da valorização de nosso trabalho, de nossas vidas. Vamos cortar os laços com nossos antepassados que foram tão explorados, vamos honrar eles sim, vamos conservar a garra e demais valores positivos mas vamos deixar no passado o comportamento de serem explorados. Eles foram explorados, não tinham muitas escolhas, nós temos, nós não precisamos dessa exploração. Vamos entregar ao passado esse sentimento e vamos construir um novo legado, do respeito, da valorização de nossa mão de obra, vamos construir um novo passado para a futura geração.

Quem nos representa

domingo, 29 de novembro de 2020

Domingo, dia de segundo turno nas eleições municipais e dia de muitas brigas e de muitas alegrias. De um lado a felicidade da vitória naquele candidato que acreditamos e votamos, de outro a revolta dos que votaram em quem perdeu. Há! Mas tem ainda o grupo de quem acredita que ninguém deveria ter ganhado. Sim, devemos respeitar o modo de pensar de cada um, porém também devemos deixar de sermos orgulhosos e analisar a situação com clareza. 


Quantos de nós já reclamou do nosso país? Quantos de nós quer e quer isso ou aquilo dos governantes? E quantos de nós entendem o que é o voto? Quantos povos não possuem essa alternativa de escolher seus governantes! Quantos povos não tem a liberdade de decidir quem vai cuidar de sua casa, de seu país! Hoje, como foi à 15 dias atrás, não será 1 candidato que irá ganhar nas cidades com 2° turno, mas será sim a consciência, será a liberdade de escolha, será sua reflexão de escolher 1 candidato para representar sua cidade. Precisamos amadurecer e ver com clareza a importância do voto. Nosso povo (e isso inclui todos nós), precisa sair da adolescência e ir para a vida adulta, vida adulta que pede reflexão, vida adulta que pede batalha, vida adulta que pede que defendemos não 1 candidato mas sim uma melhor administração de onde moramos. 

Portanto hoje, independente de quem ganhar, vamos enviar boas vibrações para que essa pessoa faça bom uso do cargo que vai ocupar e se caso não fizer, vamos cobrar. Somos 1 povo abençoado por morarmos em 1 terra onde podemos escolher quem vai administrar nossa cidade, nosso estado, nosso país! Vamos sair de nossas confortáveis posições cômodas de só criticar e vamos fazer nossa parte, nós podemos, nós temos esse direito. 

Se queremos ser tratados como pessoas adultas, se queremos ser tratados como respeito, vamos respeitar, vamos defender onde moramos com argumentos e vamos fazer nossa parte com coerência. Precisamos entender que não é a pessoa X que governa nossa cidade, quem governa é o povo que é representado pela pessoa X. Vamos acordar para os direitos que temos, vamos lutar por eles, essa luta é nossa! 

OBS: não é porque a eleição acabou que vamos esquecer da importância de conhecer em quem vamos votar, não é porque a eleição acabou que vamos fechar nossos olhos para fiscalizar quem nos representa, todo dia é dia de mudarmos nossas atitudes e ajudar esse país a ser um lugar melhor para se viver. Lembrem: não serão os governantes que vão mudar nosso país, quem muda é o povo e o povo somos todos nós. 

Resenha: A sabedoria da transformação

terça-feira, 1 de setembro de 2020
Autor: Monja Coen
Editora: Academia
Número de páginas: 190



Sinopse:

Neste livro, Monja Coen, missionária oficial da tradição Sôtô Zenshû para o Brasil, convida o leitor a lançar um olhar sobre si mesmo e a rever valores e conceitos. Num texto leve e bem-humorado, conta fatos históricos e situações cotidianas, fala de personagens ilustres e de pessoas comuns. A sabedoria da transformação procura nos conscientizar da importância de refletir sobre as nossas atitudes no dia a dia, para que, fazendo o nosso melhor, possamos ser
a transformação que desejamos ver no mundo.

Buscar a paz interior e, consequentemente a felicidade, é uma meta a ser conquistada. Através do desa o da vida humana, podemos encontrar um caminho de prática que nos leve ao nosso eu verdadeiro para desfrutarmos de uma vida simples e feliz.

Monja Coen, neste livro, nos presenteia com um texto claro e objetivo, recheado de amor ao próximo. Através de re exões sobre acontecimentos ocorridos e experiências vividas, a autora ajuda ao leitor a refletir sobre suas atitudes e a buscar a transformação. O momento é agora, comece, pratique, busque.

Conjunto de pequenas histórias reais, palestras, aulas que ela deu e pensamentos da monja, mensagens pelas quais ela procura nos provocar a pensar sobre nosso comportamento e atitudes, é isso que o livro aborda. 

Atualmente vivemos numa correria e enfrentamos um bombardeio de informações vindas principalmente da internet e o acúmulo destas provocam um comportamento de seguir a multidão, nem sempre filtramos o que lemos, o que escutamos e muito menos analisamos nosso próprio comportamento. Precisamos de leveza, de excluir de nossa vida o rancor, a raiva, os ressentimentos pois estes só nos contaminam de uma forma muito prejudicial. Não somos vítimas de nada, não somos coitadinhos, somos seres humanos responsáveis por cada ação que temos e portanto também pelas consequências que elas geram. 


***
"Céu e inferno estão em nós mesmos. Quando entramos no mundo do ódio, da raiva, do rancor, da vingança, do ciúme, do tédio, da preguiça, da ganância, da ignorância, penetramos o inferno."
***


Estamos passando por uma fase mais de reação e menos de responder com calma com reflexão. O controle sobre nosso comportamento, de nossas emoções e das atitudes com os outros, podem provocar uma reação em cadeia de melhoria do mundo, das relações humanas. Mas isso vem através de treino, não é de um dia para outro, é preciso disciplina e também de silêncio, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. 


***
" Buda dizia que a mente humana deve ser mais temida que cobras venenosas e assaltantes vingadores. Temos de vigiar a nós mesmos para obter a verdade."
***

Temos pressa para tudo, sendo que a natureza tão linda e sábia possui a paciência necessária para esperar cada planta brotar, crescer, florescer, devemos inserir essa sabedoria nos nossos dias e entender que nossa evolução requer tempo, nossa e das pessoas ao redor e isso também inclui estar presente em cada momento, viver o agora. Nós criamos a realidade que na qual nos encontramos.  "Céu e inferno estão em nós mesmos."


***
" Segundo os ensinamentos budistas, não é necessário que queiramos nos vingar de alguém nem mesmo desejar o mal a quem nos fez o mal. A lei da causalidade é implacável. O mal produzido será recebido de volta. "
***

Monja Coen nos mostra que estamos todos interligados, somos um só e cada atitude boa ou ruim que temos, beneficia ou prejudica as pessoas ao redor e a nós mesmos. 

O livro é de leitura rápida, e como já disse no início é formado por pequenas histórias e esse formato não me prendeu tanta atenção. Mas deixo claro, adorei todas as mensagens do livro, são lições muito ricas e importantes, porém prefiro leituras com capítulos interligados. Recomendo muito a leitura. 

Resenha: A Única Coisa

terça-feira, 18 de agosto de 2020
Autores: Gary Keller, Jay Papasan
Editora: Novo Século
Número de páginas: 208


Sinopse:

Tudo bem, não há nada de errado em se dedicar a seu trabalho, a sua família, a seu futuro. A questão é: você está focado no que é realmente importante? Você dedica, hoje, a maior parte de seu tempo a alguma coisa, uma "Única Coisa", que sintetize seus sonhos, seus desejos, suas aspirações? Os resultados que você obtém são diretamente influenciados pelas escolhas que faz. Alcance resultados extraordinários em todas as áreas de sua vida. Acabe com a desordem de sua rotina, siga e mantenha-se firme em direção a sua meta. Torne-se um mestre no que realmente importa para você. Focando em sua "Única Coisa", é possível alcançar mais, fazendo menos


O livro trata de como atingir objetivos, como modificar nosso comportamento para atingir resultados coerentes com nossos sonhos.

Ter clareza sobre quais caminhos queremos seguir, onde queremos chegar, saber o que queremos fazer de nossas vidas é essencial para escolher as trilhas para chegar lá. E para escolher elas é necessário fazer perguntas, perguntas certas, quebrar em pequenos pedaços o longo caminho que temos pela frente, transformar a talvez complexidade de realização de um sonho em pequenas metas mais fáceis de atingir.

Mas qual pergunta certa a se fazer? Essa é saber qual é a única coisa que precisamos fazer para conseguirmos o X objetivo? Qual a única coisa que precisamos fazer para termos uma relação familiar harmoniosa? Sim, o caminho certo e as tarefas certas para atingir um objetivo específico engloba todas as áreas da vida. Em cada área devemos escolher o que é mais importante para nós. 

E não basta somente saber o que queremos mas também ter a atitude em começar, fazer algo, iniciar por algum lugar. Sair da acomodação de não fazermos esforço ou do hábito de andarmos em círculos, obviamente sem chegar a lugar nenhum, esse tipo de comportamento é debatido. Ao invés disso, fazer as escolhas certas pois isso faz parte de quem tem resultados extraordinários, é uma constante de inserir na nossa vida hábitos que estejam alinhadas com nossos sonhos.

Produtividade, no meio dos bons hábitos ser produtivo também faz diferença, sem esquecermos de ficarmos atentos aos ladrões dele, comportamentos talvez automáticos que nem notamos o quanto está roubando nosso tempo e consequentemente, diminuindo a importante produtividade. 

Algo também sugerido é envolver as pessoas que amamos, envolver quem nos cerca, claramente a certeza que não somos ninguém sozinhos, que todos nós precisamos uns dos outros para realizar nossos sonhos, porém há cuidados a tomar com quem escolhemos conviver e nos inspirar, no livro isso é explicado. Há! E a importância do descanso também é lembrada, afinal, para focarmos no que realmente importa precisamos de energia e energia está ligada a mente descansada e corpo físico sadio.

Durante a leitura, a sugestão em escolhermos apenas uma única coisa em cada área da vida, em fazermos essa pergunta da "única coisa" é algo que se torna repetitivo do início ao fim, talvez esse seja realmente a intenção dos autores, mas confesso que me incomodou um pouco. De resto, gostei da forma de estabelecer metas para atingir grandes resultados, em fazer a ligação de o que queremos e a coerência com nossas atitudes diárias. Um bom livro. 


Seres de luz que nos transformam...

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Hoje, dia 17 de agosto de 2020, fazem 3 meses que o meu eterno filhote de 4 patas virou literalmente 1 anjinho de 4 patas. 



Ainda dói muito não ter ele ao meu lado fisicamente. Ainda choro quando penso nele, quando pego a fotinho dele e converso com ele e faço isso seguido, conversar com ele me conforta. 


Para quem não conhece a história, eu tinha um cocker spaniel inglês, de 16 anos, o orelhudo mais lindo do planeta, vejam fotos espalhadas nessa postagem. Em abril desse ano de 2020 ele fez 16 anos, ele estava velhinho, não enxergava mais e lidava com sequelas de um avc que deu nele em novembro de 2018. 



Desde esse episódio do avc, eu sempre segui as recomendações de medicação e cuidados que deveria ter com ele e fui além: beijei mais do que eu beijava antes, fiquei mais tempo ainda abraçada com ele, deixei ele fazer tudo o que queria e que não colocava ele em risco, levantei diversas vezes durante todas as noites (de novembro de 2018 até maio de 2020) para atender ele sempre que me chamava e continuei fazendo outras coisas que eu já fazia antes: coloquei bolsas de água quente na caminha dele para ele não ficar com frio (devidamente enroladas no cobertor para ele não me queimar) nos rigorosos invernos do sul do nosso país, encurtei o tempo de passeios para chegar logo em casa, deixei de viajar para não deixar ele longe de mim muito tempo, sai do computador sempre quando ele me chamava para ir para o pátio fazer companhia para ele, interrompi meus estudos para simplesmente acompanhá-lo quando queria ir na frente da casa (ele não ia sozinho), etc. Fiz isso e muito mais e ainda acho que fiz pouco. 

Mas em maio desse ano de 2020, quando eu vi que ele estava indo embora aqui da Terra, fiz uma promessa a São Francisco de Assis que, se meu fiinho desencarnasse em paz sem sofrer, eu ia lutar, eu ia ajudar a causa animal pelo resto de minha vida. E ele desencarnou como o anjo que sempre foi e portanto, aos poucos, vou pesquisando sobre projetos de resgate de animais abandonados, vou lendo, vou acompanhando perfis nas redes sociais de pessoas que se envolvem com a causa animal, aos poucos vou montando minha rede de projetos que quero ajudar a divulgar e de outras formas dentro do que posso fazer. 


Mas voltando ao filhote...o primeiro mês sem ele foi dor pura, éramos um grude, sempre fomos. Onde

um estava dentro de casa o outro estava junto, cada vez eu passava por ele eu beijava a testa dele, muitas vezes eu abraçava até ele fazer uns sons tipo dizendo: "tá mãe, me larga". Eu cuidava do que ele precisava primeiro para depois cuidar de mim, isso desde a hora que eu saia da cama. Não é de se surpreender que a ia dele para a morada dos anjos fez eu chorar muito, o meu peito parecia se abrir, mas com o passar do tempo, comecei a me acalmar e refletir e hoje estou vendo qual foi a missão dele na minha vida:

Quando vivo, ele me ensinou a amar sem pedir nada em troca, ele me mostrou que também sou amada, que sou importante e o quanto o carinho puro, uma brincadeira sem maldade, um abraço (porque ele quando estava no meu colo, colocava os bracinhos ao redor do meu pescoço) ou a eterna alegria de viver (quando ele pulava e se mostrava feliz da vida pelo simples fato de correr no pátio) podem fazer bem para todos ao redor. Isso quero levar para a vida: quero amar mais as pessoas e não guardar mágos, quero abraçar mais (quando essa pandemia passar claro), quero ter meus momentos de descontração, de dançar sozinha em casa, de brincar mais, sorrir mais e dar carinho para as pessoas ao meu redor, quero ser leve como ele foi. 


Agora ele desencarnado, ele está me ensinando a ser forte, a enfrentar as dores de frente (elas podem ser da falta dele, ou de ver animais sofrendo precisando de ajuda, ou de ver a realidade ao meu redor, etc), ele está me ensinando a viver por um propósito maior que eu mesma. Ele está me mostrando que por mais que eu ainda chore de saudade dele eu sou forte sim e que a dor pode ser o impulso de olhar para quem precisa.  Ele está reforçando os sonhos de vida que eu já tinha mas que agora não serão apenas para mim, mas conforme eu for conquistando o que desejo, serão sonhos que eu vou transformar em ajuda para nossos nossos amigos de 4 patas em homenagem a ele. Dessa forma, vou cumprir a promessa que fiz a São Francisco e a ele também em uma das nossas últimas conversas com ele ainda vivo. 




O meu eterno filhote, mesmo em outro plano, ainda está me ensinando coisas, agora é a de transformar a dor da saudade em garra para lutar pelos meus sonhos e pelo meu novo propósito de ajudar os amigos dele. Pelo Lyon, pelo ser que transformou a minha vida: vou transformar sim a vida de outros seres de luz como ele... 



Fique em paz meu amor... fique sempre na luz... te amarei por toda a eternidade. 


Quer mudar o mundo?

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Para quem deseja um mundo melhor, aconselho a começar pelo item: encarando a realidade. Realidade de sua própria vida; realidade da situação geral do mundo; realidade de como muitos animais são mal tratados; realidade das pessoas que não tem condições mínimas de sobrevivência e vivem de formas...desumanas; realidade sobre a destruição do planeta que começa dentro de nossas casas com comportamentos copiados de outras gerações que só destruíram o que o planeta oferece.

Porém, muitas pessoas dizem que não tem estômago para ver animais sofrerem, que choram em ver como muitos seres humanos vivem, que dizem que na sua casa não tem nada que possa mudar pois quem tem que fazer é o governo, que não se interessam por coisas que "não podem mudar". 

Mas e quem tem estômago para ver animais sofrendo? Quem não se sente mal ao ver pessoas em condições desumanas? É claro que não é fácil de encarar muitas coisas mas fugir delas só faz a gente criar um mundo onde "não conseguimos ver as coisas ruins", pessoas se fecham em bolhas porque tem pessoas mais preparadas para encarar essas verdades de frente, porque tem outras pessoas envolvidas nessas causas mas essas mesmas que falam isso, que usam tais respostas são muitas vezes cidadãos que reclamam do jeito que está o mundo, das inundações, da fúria da natureza. 


Gente: quem quer ver o mundo melhor tem que agir pois é das atitudes individuais que é criado a força para mudar o que precisa!! Não é a atitude de uma, de 2, de 200 pessoas que vai fazer o mundo um lugar melhor de viver, é a atitude de todos!! Somos milhões, milhões de vozes que precisam se posicionar para transformar esse planeta num lugar melhor de viver!! E não são somente os governos que precisam fazer algo, nós também precisamos nas atitudes de todos os dias. 

Vamos mudar o mundo para melhor no instante que nos preocuparmos com o que consumimos, com o que descartamos e na forma como fazemos isso. 

Vamos mudar o mundo no instante que comprarmos o que precisamos e que vamos usar e não somente itens para ficarem atirados no fundo do armário. 

Vamos mudar o mundo no instante que denunciarmos maus tratos de animais, que ajudarmos as pessoas envolvidas no resgate deles (aquelas que tem estômago para ver um bichinho em condições ... terríveis de maus tratos), vamos mudar o mundo quando tivermos a coragem de enxergar essa realidade e fizermos nossa parte e não precisa ser vendo eles em condições de sofrimento, mas o fazer nossa parte também inclui em apoiar ONGs, em doar valores em dinheiro para projetos sérios e que salvam da morte muitos animais (sim doações em dinheiro pois medicamentos precisam ser comprados, ração também), em compartilhar nas redes sociais ações sérias e que lutam para se manterem ativas.

Vamos mudar o mundo quando ajudarmos pessoas que não tem o básico para viver, quando damos oportunidade para alguém que quer ser alguém e quer sustentar sua família, quando não ficamos calados e tentamos acordar pessoas de nosso convívio da necessidade de enxergar o outro, aquela pessoa sofrendo que na sua frente que muitas vezes ignoramos.

Vamos mudar o mundo quando pararmos de mascarar os problemas que estão na nossa frente mas que quando estamos no conforto de nossas casas, ou num almoço com a família com a mesa farta de comida comentamos sobre aquele caso pavoroso da cena de preconceito que esteve na mídia dias atrás ou das postagens daquela ONG que resgatou um animal que não sabem como sobreviveu, e conversamos sobre isso e segundos depois falarmos sobre como estamos com as pancinhas lotadas e até pedindo um chá pois comemos demais. O simples comentar não adianta! 

Claro que vamos conversar sobre coisas aleatórias e boas mas não podemos nos desviar da realidade e além de ver, precisamos fazer algo! Não é só atirar para o governo fazer, é nossa tarefa cobrar atitudes de quem colocamos no governo, e não interessa se votamos nas pessoas que estão lá, o fato é que estão lá e sim, precisamos cobrar delas. Mas também precisamos nos cobrar, fazer nossa parte que pode ser de tantas formas: compartilhando em nossas redes sociais o trabalho de quem está fazendo algo, ajudando essas causas das formas como podemos, é mudar nossos comportamentos que não estão de acordo com nossa ideia de mundo bom para viver. 



O mundo que queremos viver não vai aparecer do nada e nem está nas mãos de poucas pessoas, o mundo que queremos viver está nas nossas mãos, é nós que vamos construir ele! Mas para isso é necessário união, é necessário primeiro ter coragem de encarar a realidade, é fazer algo!! 

Abra os olhos para a realidade! Comece vendo o que te rodeia! Reaja!

Resenha: Casa Organizada

terça-feira, 11 de agosto de 2020
Autor: Thaís Godinho
Editora: Gente
Número de páginas: 222



Sinopse:

Uma casa deve nos servir – e não o contrário! Este livro veio para desmitificar a ideia de que é preciso investir muito tempo na casa para deixá-la organizada. Thais Godinho defende que a organização da casa não precisa – nem deve – ser uma tarefa desgastante. Você também se sente frustrado por ver seu tempo perdido em arrumações que logo serão perdidas? Sua casa vira uma bagunça pouco tempo depois de você colocar tudo no lugar? Aqui você verá que organizar a casa é fazer dela um lugar que funcione para você. É transformar o lugar no qual você mora em um refúgio para aproveitar os dias e que faça você ter vontade de voltar. Aqui você verá que é possível ajustar as expectativas em relação à casa de acordo com o seu estilo de vida sem deixar de lado a satisfação de ter um lugar com a sua cara. Depois de ler este livro, você terá a certeza de que é possível ter uma casa organizada mesmo com uma rotina cheia de compromissos e sem precisar contratar alguém para ajudar. Aprenda a manter sua casa organizada por meio de simples ações diárias; Crie um sistema de organização em que todos participem; Saiba como aliar cuidados com a casa ao trabalho e aos estudos; Tenha, de uma vez por todas, a casa que sempre sonhou.



Ao ler o título do livro logo se pensa em: organização de objetos, limpeza, tudo em seu devido lugar... e sim, é sobre isso e muito mais. 

Quando analisamos nossa casa e observamos armários, a própria decoração e o famoso quartinho da bagunça podemos achar que precisamos dar uma boa organizada em tudo, porém na leitura desse livro vimos que há um ponto bem importante além do organizar: o de destalhar. A arte da casa organizada vai além de colocar objetos em lugares específicos e no decorrer das páginas teremos muitas dicas de como fazer isso, ter tudo organizado também envolve se desfazer de tudo o que não precisamos mais, tudo que não usamos mais. 

Há uma grande diferença entre fazer coleção de algo e acumular esse algo, além disso a quantidade de itens na coleção também precisa ser proporcional ao tamanho do espaço que temos disponível. O tamanho da nossa casa, de cada cômodo também interfere na decoração e são nessas dicas que percebemos que organizar uma casa vai além do: colocar itens nas gavetas e prateleiras.

Até aqui já tratamos de tópicos como: ser acumuladores...ou não, ter o que somente o que precisamos ... minimalismo, decoração,  aproveitamento de espaços, então você que achava que o livro só ia falar sobre dicas práticas de organização, se enganou, aqui o assunto evoluiu para muitas áreas. 

E não são somente os objetos que recebem as atenções, mas também: sentimentos, nossos relacionamentos e decisões. Além disso, é levantada a importância do trabalho conjunto de todos os integrantes daquela moradia. Como envolver todos que moram ali contrariando a ideia de ter somente uma pessoa responsável pela dinâmica da casa. 

Todo esse trabalho tem finalidades maiores do que envolver as pessoas que moram juntas em tarefas domésticas, a satisfação de morar num lugar com boa energia, funcional e aconchegante deve ser um dos motivos principais dessa rotina, que sim é diária. 

Portanto o livro vai além de orientações práticas de como guardar o item x, de como organizar objetos Y, ele engloba também os sentimentos de satisfação, de bem estar, de ter tempo para dar atenção para quem amamos. 

O conteúdo me surpreendeu por não ser superficial como eu imaginei que seria. Recomendável para todos. 

Resenha: Arrume sua cama

terça-feira, 4 de agosto de 2020
Autor: William H. McRaven
Editora: Academia
Número de páginas: 128


Sinopse:

Dez lições de um almirante das forças especiais para mudar sua vida.
Quando foi convidado para proferir a aula inaugural dos alunos de graduação da Universidade do Texas, o almirante William McRaven pensou em compartilhar suas lições sobre liderança. Afinal, em 37 anos de carreira na marinha norte-americana, ele exerceu o comando em vários níveis – inclusive tendo sido o responsável pela missão que capturou Osama bin Laden. O que ele não imaginava é que o discurso fosse parar nas redes sociais, viralizar e ter mais de 10 milhões de visualizações!
Impressionado com o impacto e com o apelo universal, McRaven transformou a palestra em livro no qual resume as 10 lições que aprendeu no treinamento das forças especiais. Assim como o vídeo, o livro virou um best-seller: ficou meses em primeiro lugar na lista do jornal The New York Times.


Sobre o autor:

O almirante William H. McRaven serviu na Marinha dos Estados Unidos com grande distinção. Em seus 37 anos como SEAL, exerceu o comando em vários níveis. Como almirante de quatro estrelas, seu último cargo foi o de comandante de todas as Forças de Operações Especiais.

Sobre o livro:

O almirante relata no livro aprendizados que teve no  treinamento das forças especiais, um deles é o arrumar a cama logo que acordar.  Pode ser uma abordagem um pouco estranha mas se pararmos para pensar, quantos de nós clica várias vezes no soneca cada vez que toca o despertador? Quantos de nós  antes de sair da cama fica enrolando vendo as redes sociais e mensagens no WhatsApp? E quem tem horário para cumprir logo pela manhã, quantos que acabam levantando na correria para não se atrasar? E esse corre corre dá ou não uma sensação de cansaço e desânimo? E isso aconteceu porque provavelmente o tempo que poderia ter sido reservado para arrumar a cama foi gasto com redes sociais antes mesmo de sair da cama.

A tarefa de arrumar a cama logo que acordar teria o "poder" de transformar a nossa energia logo cedo, com isso nos sentiremos mais motivados para o restante do dia e também mais disciplinados. Seria o estímulo que precisamos para enfrentar com mais disposição nossas outras atribuições. 

Porém não é somente isso que pode transformar nossa vida, ter a consciência que não estamos só no mundo e que precisamos sim de outras pessoas ao redor também faz diferença. Pessoas que nos ajudarão nas dificuldades, que caminharão conosco e que tem bom coração, sim isso é muito importante: ter um  bom coração. 

Mas ele não fantasia a vida pois admite que a vida é injusta sim, que enfrentaremos muitas dificuldades, enfrentaremos pessoas tiranas que vão querer nos intimidar, porém, mesmo esses momentos nos são benéficos pois evoluímos e aprendemos muito nessas fases, nos tornamos mais fortes. 

Coragem, disciplina, esperança, ousadia são alguns sentimentos que precisamos ter para mudar nosso mundo, para fazer diferença na nossa vida e na dos outros. 

Os tópicos tratados não são muito aprofundados, mas podemos ter a ideia da diferença que cada um pode fazer em nossa jornada.  Apesar do autor ser do meio militar, achei totalmente possível inserir tais ensinamentos na vida de qualquer pessoa. São "detalhes" que fazem a diferença.

Gostei do livro, na verdade, li ele no Kindle. Recomendo para quem quer ler algo leve e breve. 







Resenha: Todos os animais merecem o céu

segunda-feira, 20 de julho de 2020
Autor: Marcel Benedeti
Editora: Mundo Maior
Número de páginas: 334

Sinopse: 

Esta é uma das obras premiadas no Concurso Literário Espírita João Castardelli 2003-2004, promovido pela Fundação Espírita André Luiz e sua narrativa conta como é a vida espiritual dos animais.
A eutanásia,a reencarnação dos animais, a vida dos animais naquela dimensão e o sofrimento como meio de aprendizado e evolução. Além desses temas há passagens que contam por pormenores do regresso dos animais para a dimensão física nos momentos que antecedem o nascimento; incluindo desde a preparação do novo corpo ao parto. Inclui temas como a existência de colônias que cuidam dos animais na espiritualidade e comenta sobre os trabalhos das equipes espirituais que se ocupam com eles. Uma obra que é um marco sobre esse tema, dentro da literatura espírita.

O livro fala de um assunto escasso para quem é da área espiritualista: do mundo espiritual dos animais, sobre o que acontece quando um animal desencarna. Esta leitura veio esclarecer sobre esse tema. 
Os personagens principais dessa história são: o veterinário Guilherme, a sua noiva Cláudia, seu assistente João Rubens, Gustavo (que está no plano espiritual e orienta Guilherme quando este está dormindo). 

Guilherme é um veterinário dedicado ao trabalho mas bastante cético quanto aos animais terem sentimentos e sobre serem espíritos que são assistidos por equipes do plano superior. Aliás, ele nem gosta desses assuntos ao contrário de sua noiva e de seu assistente. Porém, ele é escolhido a estudar e a ajudar na colônia espiritual Rancho Alegre onde os animais são recebidos e cuidados após desencarnarem. 

O livro é recheado de esclarecimentos tanto sobre os animais domésticos (cães, gatos), quanto animais de grande porte, animais selvagens e até marinhos. Esses ensinamentos são passados ao leitor principalmente durante os estudos do Guilherme no Rancho Alegre que acontece quando ele está desdobrado, ou seja, quando esta dormindo, mas também há diversas explicações através de Cláudia e João Rubens em conversas com Guilherme quando acordado.  E conforme o veterinário vai recebendo orientações quando está desdobrado, ele quando desperto vai mudando atitudes, vai se interessando mais por este lado invisível dos animais, sua relação com seus pacientes vai se estreitando, inclusive assuntos pessoais também são esclarecidos nos "sonhos" e consequentemente seus sentimentos quando acordado também sofrem influência. 

O leitor, com as explicações, consegue entender como acontece o desencarne dos animais, como as equipes espirituais ajudam, como é o retornar ao mundo espiritual dos bichinhos que muitas vezes nos fizeram companhia durante anos, como eles vivem lá? O que acontece com eles? Eles voltam a encarnar quando? Tudo é explicado com muitos detalhes.

Há também a definição da eutanásia sobre a ótica espiritual, assim como sobre o sofrimento dos animais e também sobre um assunto bastante debatido principalmente nos últimos anos em que muitas pessoas estão escolhendo serem vegetarianas: o consumo da carne de gado. Você vai entender o que de fato acontece com esses animais e se é verdade ou não sobre os possíveis benefícios de não consumir mais carne vermelha.  Durante a leitura pegamos carona em diversas missões de resgate de diversos tipos de animais. No final, há um capítulo dedicado a reencarnação dos bichanos, como é todo o processo do retorno deles para a Terra.

Confesso que nunca tinha lido nada tão completo sobre a vida espiritual dos animais e a motivação de ter lido este livro foi o desencarne do meu cãozinho da raça Cocker, 16 anos, em maio deste ano de 2020. A dor da perda dele foi...sufocante...e este livro me ajudou muito a entender o que aconteceu com ele e a me tranquilizar pois sei que ele esta bem assistido. 

O autor (que desencarnou em 2010) tem diversas outras obras sobre o assunto que coloco abaixo as citadas no final deste livro:

- Todos os animais são nossos irmãos: Skoob / Para comprar 

- A espiritualidade dos animais: Skoob / Para comprar

- Histórias animais que as pessoas contam: Skoob / Para comprar

- Errar é humano - perdoar é canino: Skoob / Para comprar

- Os animais conforme o espiritismo: Skoob / Para comprar

- Animais: tudo o que você precisa saber: Skoob / Para comprar

Recomendo muito a leitura, não só para quem tem animais de estimação mas para todos que se interessam sobre energias, vida espiritual e equilíbrio do planeta. 



Resenha: COT - Por dentro do grupo de operações especiais da Polícia Federal

quinta-feira, 16 de julho de 2020
Autores: Eduardo Maia Betini, Fabiano Tomazi
Editora: Ícone
Número de páginas: 284

Sinopse:

"Charlie, Oscar, Tango. Não poderia ser outro o título desse livro escrito por Eduardo Betini e Fabiano Tomazi que, com a profundeza necessária, coloca o leitor por dentro de toda complexidade que envolve as atividades dos policiais que atuam no Grupo de Operações Especiais da Polícia Federal. Os bastidores dos treinamentos, os casos concretos, a adrenalina das missões fazem com que o leitor não consiga deixar de lado a leitura desse livro que, certamente, passará a ser referência nacional e internacional sobre o assunto. Muito pouco se tem discutido sobre o profissional de operações especiais, que dedica sua vida aos treinamentos para manter em segurança a nossa sociedade. Charlie Oscar Tango vem a preencher essa lacuna, permitindo, aos demais policiais, como também ao público em geral, que tomem conhecimento da seriedade do trabalho desenvolvido, principalmente, pela Polícia Federal. Ficam registrados, aqui, os meus agradecimentos aos policiais federais Betini e Tomazi que, com maestria, souberam trazer para dentro do texto aquilo que existe de mais importante e atual sobre Operações Especiais."

Segurança pública, bastidores da Polícia Federal, mais especificamente do COT  - Comando de Operações Táticas, é sobre isso que este livro trata e quem gosta do assunto vai adorar. 

O livro na sua fase inicial trata do histórico, das atribuições, das áreas de atuação do COT assim como faz uma breve descrição de algumas missões realizadas citando nome, ano de realização de cada uma delas e em quais estados. Quem tem interesse em fazer parte do grupo vai estar ciente sobre o ingresso e como é estruturado.  Para mim foi uma parte  bem completa e e esclarecedora da leitura. 

O livro é escrito por 2 integrantes do COT, e até por esse motivo, eles contam a vivência deles antes, durante as fases de ingresso e durante os anos de atuação.  São relatadas diversas operações vividas por ambos, cada operação em um capítulo distinto. 

Na parte final, o apêndice chamado: A sociedade e a violência, é estruturado em sub-títulos tais como: como evitar furtos e  roubos em residências, na rua, cuidados com crianças e em caixas eletrônicos. Há diversos outros sub-títulos e em cada um deles há orientações bem sucintas e diretas para que nós, leitores, possamos colocar em prática aumentando dessa forma a nossa própria segurança. 

O livro mostra a realidade de policiais federais que em muitas ocasiões nos é distorcida, às vezes por comentários do "primo da amiga da tia do fulano" que diz trabalhar lá dentro e também  pelas informações passadas através da mídia.  Ter a noção que existem pessoas anônimas, altamente treinadas nos protegendo provoca uma reflexão dos nossos próprios comentários feitos em rodas de amigos em que reclamamos da falta de segurança no nosso país. 

É claro que não moramos em um lugar perfeito, há pessoas sem caráter em todas as esferas de atuação, mas aqui temos um relato de como é o dia a dia desses homens e mulheres que precisam, em muitos momentos, abrir mão do convívio com a própria família para proteger o povo brasileiro. São homens e mulheres que escolhem uma profissão arriscada sim, que exige disciplina,  atenção máxima, responsabilidade para que, no momento em que cada um deles faz seu trabalho individual da melhor maneira possível,  isso impacte no sucesso do coletivo, no sucesso de toda a missão em que estarão atuando naquele momento. 

Eu particularmente já tinha um respeito imenso e admiração por esta área de atuação, ao finalizar a leitura, isso só aumentou.  Recomendo a todos lerem e se permitirem conhecer um pouco do dia a dia desses anônimos que nos protegem todos os dias. 

Este livro faz parte de uma trilogia e quem quiser saber mais sobre o soutros livros é só acessar o site sobre as operações especiais e anfíbias da Polícia Federal. 

Resenha: Voltei

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Autor: Chico Xavier pelo irmão Jacob
Editora: Federação Espírita Brasileira
Número de páginas: 178

Sinopse:
"Se a vida continua, para onde vai o Espírito depois da morte? Por meio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Irmão Jacob narra suas experiências no Além-túmulo e esclarece temas como o desligamento do corpo físico, o intercâmbio mediúnico, o reajuste à nova vida e o reencontro com familiares e amigos. Por meio de histórias e comentários pessoais, o autor espiritual nos apresenta suas descobertas sobre a rotina que nos espera após a morte e a prática essencial do desenvolvimento pessoal para que possamos ter uma temporada feliz no retorno ao mundo espiritual."


Este livro me foi muito bem recomendado, várias pessoas ao meu redor leram e gostaram muito portanto comecei a leitura com essa pré opinião formada.  Confesso que demorei para me concentrar na leitura, não porque o livro seja ruim, mas porque o início é um pouco angustiante (para mim foi). 

O livro inicia com o desencarne de Jacob que é detalhadamente relatado, são várias páginas descrevendo o que Jacob está sentindo, o que esta acontecendo ao redor o que é um relato bem diferente do que é mostrado em outros livros que citam desencarne, ou morte, como prefiram chamar. 

Passada a fase do corte com o corpo físico, o livro foca no início do retorno à vida espiritual, ao contrário do que passa em nossa cabeça que assim que Jacob chega na colônia espiritual que vai habitar, ele não recorda instantaneamente a lembrança de outras vidas, mas sim faz parte de um processo gradativo de readaptação, estudos e trabalhos no mundo espiritual. 

O livro se torna bem mais interessante e leve quando mostra a vida na colônia. São páginas que nos fazem refletir sobre atitudes, sobre o que sabemos e o que podemos aprender, e mostra fatos para  compreendermos melhor sobre desencarne.

É de leitura rápida e muito edificante.  




Resenha: Quando Você Voltar

segunda-feira, 15 de junho de 2020
Autora: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 339
Skoob

Sinopse: "Como tantos casais, Michael e Jolene não resistiram às pressões do dia a dia e agora estão vendo seu relacionamento de doze anos desmoronar. Alheio à vida familiar, Michael está sempre mergulhado no trabalho, não dá atenção às duas filhas e não faz a mínima questão de apoiar a carreira militar da esposa. Então Jolene é convocada para a guerra."


Pensem em um livro emocionante. Quando comecei a ler, não imaginei que ia adorar tanto essa história pois pensei que ia ser mais um casal com problemas que iam brigar por um motivo qualquer e iam ser felizes no final. 
Óbvio que lendo a sinopse verificamos que não é um "motivo banal", mas sim é um conjunto de razões para que a personagem principal se veja em uma situação desesperadora: crise no casamento, convocada para a guerra e as 2 filhas, uma pequena e outra pré-adolescente. 

Durante a leitura vemos valores sendo debatidos: o amor à família, atenção aos filhos, amor entre um casal, o debate da base familiar é forte, a união entre pais, filhos. Situações delicadas também são debatidas como o luto, as formas de lidar com ele; profissões que exigem um esforço a mais, que exigem passar tempo longe da família, profissões que literalmente...os integrantes podem morrer a qualquer momento. O que é uma guerra? Como lidar? Como é importante o papel de quem fica para tranquilizar quem é convocado. 

Outro ponto que achei muito interessante que foi debatido é o comportamento do pós-guerra, parece tão simples imaginar soldados que voltaram vivos da guerra e isso é motivo suficiente para todos estarem sorrindo, comemorando mas isso, no nosso ponto de vista... o que raramente analisamos é o lado de quem está chegando da guerra, de quem viveu lá, dos traumas físicos e psicológicos.

Enfim, um livro emocionante do início ao fim e com tantos assuntos importantes tratados...um livro maravilhoso e que recomendo a leitura. 


Coronavírus - Por mais humanidade

domingo, 5 de abril de 2020
Da agitação diária e agendas lotadas para uma vida sem agito algum. Quem ia imaginar que um vírus, algo tão pequeno ia mudar a vida de todos, do rico ao pobre, das pessoas com "mil" graduações e pós-graduações, doutorados até as pessoas analfabetas?
O mundo parou, ou quase, pois há os profissionais que continuam trabalhando, da área de saúde aos funcionários das farmácias, supermercados, postos de combustíveis, da segurança pública. As notícias são alarmantes, os números de suspeitos com o Coronavírus só crescem assim como o número de infectados. Mas saindo do foco dos números, há um outro lado que poucos notam: de algo muito maior que eu chamo de Universo, tentando mais uma vez nos ensinar algo.


Antes do vírus eram as catástrofes naturais que não pediam licença e iam destruindo tudo pela frente, quantos momentos de pânico tiveram pessoas do mundo todo ao ver suas casas serem destruídas e a vida dos que amavam serem levadas ou pelo vento ou pela água? Por que será que tudo isso ocorre? Por que mais uma vez somos vítima de algo que não podemos controlar (apenas tentar evitar)?
Porém, para mim não somos vítimas de nada, somos pessoas com uma responsabilidade imensa nas costas isso sim. Vejamos os anos de destruição da natureza, dos recursos que o planeta nos oferece para desfrutarmos com equilíbrio mas que nem damos importância, destruímos tudo mesmo e não devolvemos nada ao planeta. Quantas árvores arrancadas e nem uma plantada no lugar! Quantos rios poluídos, quanto lixo produzido, quanto plástico lançado nos oceanos! Quanto consumismo desenfreado sem necessidade! E tudo isso para preencherem vazios internos que nenhum carro, que nenhuma casa de luxo, que nenhum dinheiro vai preencher. Famílias não se falam mais e nem mesmo fazem pelo menos uma refeição junto. Pais que não abraçam seus filhos, que não conversam amigavelmente e ao invés disso sentam um ao lado do outro cada um olhando para uma tela de celular. Amigos deixam de se ver porque a agenda do dia está sempre lotada, e a agenda da semana, do mês, do ano, da vida. Casais terminam a relação porque não cedem ao outro em nenhum momento, casais que cada um só pensa em si mesmo e não no outro que está ali ao lado. Crianças não sabem mais o que é natureza e brincar com coisas que não sejam eletrônicas, adultos não conhecem lugares lindos perto de onde moram porque preferem se esconder em shoppings com ar condicionado no modo flocos de neve. Cadê a humanidade nisso tudo? Onde está a preocupação com o meio onde vivem e com as pessoas ao redor?


No lugar do amor, do carinho, da compreensão, do abraço, do sorriso estão a ganância, o orgulho, a raiva, a falta de paciência, a arrogância, o desprezo. Pois é povo de nariz empinado, agora vocês estão no mesmo barco que todos os outros que tanto desprezam, ricos e pobres, doutores e analfabetos, velhos e novos, todos estão no mesmo barquinho lutando pela sobrevivência. Do que vale agora seu dinheiro, sua posição social, seu carro importado, seu apartamento de luxo? Agora todos querem saúde, todos querem ficar longe de um vírus que não aceita suborno, que não se compra, que não faz distinção de classe social.
 E a maioria de nós que reclama da correria diária? Agora a correria não existe, o que faremos? O mundo parou não para ficarmos entediados mas para olharmos para dentro isso sim! O Universo vem há tanto tempo pedindo, implorando para que a humanidade volte a olhar seus corações, para que voltemos a olhar para nós mesmos, para nossos valores, para nossos sonhos, para nossa essência... mas a humanidade estava ocupada demais para perceber esses pedidos. Nesse caso, o Universo nos fez parar na marra, já que era falta de tempo que todos alegavam, agora todos nós temos tempo. O Universo cansou de mandar sinais educados, ele anda nos sacudindo e esfregando na nossa cara a importância da mudança interna, e consequentemente do cuidado com o planeta que vivemos.


Vamos aproveitar esse momento para fazer as pazes com as pessoas que brigamos, para trazer harmonia para nossa família, nossa casa, vamos aproveitar e REFLETIR SOBRE QUEM SOMOS, QUAIS VALORES TEMOS DENTRO DO CORAÇÃO E SE ESTAMOS SEGUINDO ESSES VALORES, VAMOS OLHAR PARA NOSSA ESSÊNCIA E SEGUIR ELA, VAMOS VOLTAR A SONHAR, VAMOS TIRAR DE NÓS (ou identificar o que causa) O ÓDIO, A FALTA DE PACIÊNCIA, O DESPREZO PELO OUTRO (será desprezo pelas pessoas ao nosso redor ou a tristeza de sermos quem somos?). Vamos identificar o que nos entristece, vamos mudar comportamentos, vamos fazer um plano de ação para, quando a quarentena acabar, a gente voltar com uma versão super melhorada de nós. E não há nada de vergonhoso nisso, todos ao redor vão é amar isso sim. Vamos ter mais carinho, amor, paciência pelos outros, vamos conversar olhando nos olhos da outra pessoa, vamos ouvir mais, ajudar mais, motivar mais e criticar, xingar, desprezar menos.
Vamos também parar de produzir tanto lixo, chega de centenas de milhões de copos plásticos que mal foram usados atirados nos lixões, chega de comida desperdiçada, chega de excesso de embalagens, chega de exploração sem limite do lugar que vivemos, do planeta! Precisamos dos recursos naturais para viver, precisamos da natureza para produzir nossa comida, vamos acordar para isso também e fazer nossa parte. O que será que terá que acontecer mais para acordarmos para todas essas questões?


E antes que eu seja apedrejada, deixo claro que não condeno quem tem ótimas condições financeiras de vida, não condeno quem tem carro importado ou more em casas belíssimas, apenas chamo atenção pelo significado que damos a tudo isso, chamo atenção que há mais que o dinheiro, há amor, há a saúde nossa e do planeta em dia, há pessoas que amamos, há a paz em nosso coração e na nossa consciência.
 Que o Coronavírus seja a sacudida final para acordarmos de vez para tantos assuntos que por "falta de tempo" não cuidávamos. Que o Coronavírus traga mais humanidade em nossas vidas.


Foi necessário - Augusto Cury


FOI NECESSÁRIO

Foi necessário um vírus para desacelerar o planeta. E ele veio por uma bofetada na nossa cara.
Foi necessário um vírus para olharmos com cuidado, zelo e percebermos a fragilidade dos nossos idosos.
Foi necessário um vírus para os pais ficarem com seus filhos e não atribuírem essa responsabilidade aos avós.
Foi necessário um vírus para lembrarmos de conversar com Deus, pois isso andava meio fora de moda,
Foi necessário um vírus para fazer a gente rezar, para fazermos orações para o mundo e não só para nós.
Foi necessário um vírus para voltarmos a ter fé.
Foi necessário um vírus para mostrar que classe social, raça, crença, orientação sexual não tem diferença diante de uma epidemia.
O vírus fez a gente perceber que somos um, que o individualismo não resolve nada, que precisamos de todos.
O vírus deu uma trégua na polaridade, afinal estamos todos no mesmo barco, olhando na mesma direção.
O vírus nos privou do abraço para percebermos o quanto ele é valioso.
O vírus fez a gente perceber o quanto nossas mãos precisam ser higienizadas e que com esse hábito evitaríamos muitas doenças.
O vírus desacelerou até o consumismo, pois as pessoas não vão sair por aí comprando, comprando e comprando! Sairemos de casa para comprar apenas o necessário.
O vírus fez cair os pedidos de fast-foof delivery pois percebemos que cozinhar para nossa família é a forma mais segura de alimentá-los. ( isso andava meio fora de moda)
O vírus veio nos mostrar que o ar pode ficar mais puro com a diminuição de carros circulando, e mostrar que as pessoas podem caminhar mais. (estão evitando o transporte público)
O vírus veio nos ensinar a agradecer todos os dias por estarmos saudáveis.
O vírus veio nos lembrar o quanto a vida é frágil e que precisamos cuidar do nosso corpo e da nossa alma.
O vírus veio nos mostrar que não devemos subestimar as coisas pequenas. Afinal ele é tão pequeno, invisível aos olhos e está mudando o comportamento do mundo.
Foi necessário um vírus para a gente acordar.
E aquele tempo que sempre dizíamos que não tínhamos? Então, o vírus nos mostrou que ele existe.  



          Augusto Cury

A LIÇÃO FOI DADA, AGORA SÓ NOS RESTA APRENDER!

Série: meus textos antigos #23 - Olhos Corredores

domingo, 12 de janeiro de 2020
Estou publicando textos meus escritos há algum tempo.  Hoje não necessariamente eu penso da mesma forma, ou tenho as mesmas opiniões, porém esses textos são marcas da minha evolução como pessoa. Esses textos foram publicados no blog Diário de Incentivo à Leitura.  E antes de ler, cliquem no play no vídeo no final do texto, leiam com trilha sonora. 

Depois que postar todos eles, irei postar textos inéditos. Deixe seu comentário. Compartilhe. 



Troca de mensagens, hoje a moda é o Whatsap e um tempo atrás foi o msn e ainda tem os e-mails que dizem estar fora de moda mas eu ainda uso e muito. Mas o que tem eles em comum? Sua atenção!! Hã? Calma, vou explicar.

Antes porém, vou fazer uma pergunta para vocês: quem usa e-mail, lê realmente os e-mails? Digo, ler de início ao fim, você presta atenção neles? Atualmente vejo mais pressa do que dedicação nas pessoas. Cada vez mais, cada um de nós está perdendo a paciência de sentar e ler um e-mail, por exemplo, ou de escrever um e eu me incluo nesse grupo. Ano passado comecei a perceber que eu mal abria cada e-mail (independente se fosse de propaganda, de amigo, etc) e lia por cima excluindo em seguida (exceto os das amigas) e isso trouxe um pouco de ansiedade e esta fez eu parar e pensar. Porque temos tanta pressa? Porque não valorizamos quem mandou o e-mail e prestamos atenção no que está escrito? Porque não tentamos nos colocar no lugar da pessoa que escreveu e tentamos imaginar se íamos gostar se alguém mal olhasse o que escrevemos com carinho? Muitas vezes  não é falta de tempo o problema mas sim falta de organização.

Como melhorar, como mudar esse cenário? Simples, reservando algum tempo pequeno todos os dias para organizar a bagunça. Não somos obrigados a receber propaganda que não queremos pois podemos nos descadastrar, o que for spam marcamos como spam e os e-mails dos amigos? Quem sabe vamos dar atenção a eles? E algo que precisamos ter em mente: não somos máquinas, daremos atenção sim a uma parcela todos os dias talvez, mas nem sempre conseguiremos dar atenção máxima a tudo e isso está...TUDO BEM!!! 



Eu particularmente troco e-mails gigantes com algumas amigas, trocamos notícias do dia a dia, contamos nossos medos, nossas expectativas. Ok mas por que não fizemos isso por whatsap que é instantâneo? Justamente por isso oras, não queremos um diálogo rápido onde uma pode estar ocupada e portanto a outra pessoa vai ficar esperando o retorno para continuar a história, queremos sim contar nossa semana com calma, com fotos, com detalhes, com anexos diversos sendo enviados, queremos calma, queremos atenção plena. Graças aos céus esses e-mails não foram atingidos por minha pressa, mas eles foram essenciais para que eu mudasse a forma de agir com os outros. Depois de um pente fino nos e-mails que recebo, fazendo filtros e encaminhando cada tipo para uma pasta diferente, hoje analiso meus e-mails com atenção por mais que o dia se "torne curto". Criei várias pastas de News, sim, é assim que chamo as pastas dos e-mails não lidos: News - música, News canais youtube, News propagandas, etc. Selecionei também o que eu queria receber, propaganda de onde? Avisos de vídeos do youtube de quais canais? Novos posts de quais blogs? Essas pastas raramente ficam vazias mas sei que o que tem nelas é sobre pessoas e assuntos que eu me interesso e vou ver com calma quando...eu puder e isso não é o fim do mundo!!! Aos poucos vejo vídeos, leio postagens de blogs que acompanho sempre com atenção plena, com cuidado e principalmente sem pressa. Reservo um tempo para isso toda a semana e vejo o que eu conseguir dentro desse tempo. Aos poucos fui conseguindo prestar atenção nas mensagens transmitidas e até comentar nas postagens e nos vídeos e comecei a sentir uma enorme satisfação quando meus comentários eram respondidos...sim, o que eu escrevia as pessoas notavam e isso faz a gente se sentir tão bem. 

E-mails das amigas com notícias são prioridade clarooooooooooooooo, e  normalmente reservo o domingo para responder e enviar mais notícias. Maravilhoso saber que outras pessoas que moram longe torcem por você e prestam atenção em tudo o que escreve... SEM PRESSA. 

Whatsapp é outro ponto complicado que já falei na crônica de ano novo. Se este foi um aplicativo para as pessoas conversarem, hoje está mais para um aplicativo de spam porque nunca vi tanto "copia e cola" de mensagens sem estarem acompanhadas de um: "Oi", "Bom dia", "Boa noite". As pessoas estão numa febre de copiar mensagens e colarem para as outras como se essas outras fossem apenas números aleatórias na agenda. Galerinha tecnológica: entre dois aparelhos (notebook, smarthphones, Iphones...) há PESSOAS!!! Pessoas são seres humanos que vivem em sociedade e portanto não são apenas bits e bytes, não são componentes eletrônicos.  

E não vamos muito longe, aqui mesmo nas postagens tem pessoas que ainda me chamam de Nessa porque não tiveram calma de olhar a postagem por inteiro, digo isso porque no final do post há meu nome no cantinho. É uma pressa de ler, uma pressa de se livrar dessa tarefa e partir para outra que ainda não sabem que meu nome não é Nessa, hehehehehhee. Calmemmm galera, a postagem não irá sumir daqui. 


Vamos ter mais humanidade, vamos interagir com nossos amigos e sim, podemos mandar mensagens copia e cola, mas que sejam mensagens que nós sabemos que a outra pessoa vai gostar ou se interessa no assunto. Vamos dar mais bom dia, mais "oi", vamos PRESTAR ATENÇÃO nas pessoas, vamos ter CALMA de viver. Desde quando correria é bom? Quem disse que sua vida tem que ser corrida?  Haaaaa mas vocês podem estar pensando agora que é impossível suas vidas não serem corridas, afinal, acordam cedo, trabalham, estudam, cuidam da casa, da família.... Ok, ok, ok... eu entendo essa parte até porque minha vida está corrida também, mas o fato de ter várias responsabilidades pode muito bem conviver com: fazer bem feito cada uma delas, SEM PRESSA, com CALMA. 

Organize sua vida, pense em tudo o que faz, veja se tudo isso é mesmo necessário fazer e o que ficar tente organizar de tal modo que facilite sua vida. Muitas vezes precisamos abrir mão de alguns projetos em favor de outros, e esse abrir mão pode ser simplesmente jogar ele mais para frente, fazer depois em outro momento de sua vida. Aproveite cada minuto do seu dia, aproveite a meia hora de bus para ler com ATENÇÃO os e-mails que chegaram, aproveite e mande alguns (se puder) também com igual atenção. Responda ou envie aquele WhatsApp carinhoso para alguém que ama enquanto está parado no engarrafamento, PRESTE ATENÇÃO NAS PESSOAS,  viva de forma mais intensa, com mais atenção em tudo ao redor. 

Pessoinhas ligadas em 1.000 volts: tecnologia, modernidade não tem que ser sinônimo de estresse e loucura diária, a modernidade pode sim conviver com ótima qualidade de vida, calmaria e mais sorrisos.  Tente, comece... na dúvida selecione todos os e-mails da sua conta e jogue no lixo e ainda esvazie a lixeira (sempre esvazio a minha da minha conta de e-mail, hehehehehe) e comece a prestar atenção no que chegar, organize sua vida, elimine o que não precisa estar no teu dia a dia, desacelere.... faça isso e depois me responda: cuidar com carinho de seus e-mails e mensagens de Whatsap é ou não é mais relaxante? 
Para muitas pessoas estar no momento presente é um desafio, e quem disse que desafios são ruins? A primeira crônica do ano fala disso, quem não leu corre lá: Limites: já tentou descobrir o que tem no outro lado?

Se desafie, viva o momento presente, não seja um simples objeto nesse mundo, deixe sua marca, marque presença, faça algo por sua vida, faça algo por você: viva plenamente e no momento presente!!

Povinho do nosso Brasil: não sejam zumbis, pensem, questionem, estudem com vontade. Atitudes sensatas são tomadas somente por quem não tem preguiça de pensar.