Seres de luz que nos transformam...

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Hoje, dia 17 de agosto de 2020, fazem 3 meses que o meu eterno filhote de 4 patas virou literalmente 1 anjinho de 4 patas. 



Ainda dói muito não ter ele ao meu lado fisicamente. Ainda choro quando penso nele, quando pego a fotinho dele e converso com ele e faço isso seguido, conversar com ele me conforta. 


Para quem não conhece a história, eu tinha um cocker spaniel inglês, de 16 anos, o orelhudo mais lindo do planeta, vejam fotos espalhadas nessa postagem. Em abril desse ano de 2020 ele fez 16 anos, ele estava velhinho, não enxergava mais e lidava com sequelas de um avc que deu nele em novembro de 2018. 



Desde esse episódio do avc, eu sempre segui as recomendações de medicação e cuidados que deveria ter com ele e fui além: beijei mais do que eu beijava antes, fiquei mais tempo ainda abraçada com ele, deixei ele fazer tudo o que queria e que não colocava ele em risco, levantei diversas vezes durante todas as noites (de novembro de 2018 até maio de 2020) para atender ele sempre que me chamava e continuei fazendo outras coisas que eu já fazia antes: coloquei bolsas de água quente na caminha dele para ele não ficar com frio (devidamente enroladas no cobertor para ele não me queimar) nos rigorosos invernos do sul do nosso país, encurtei o tempo de passeios para chegar logo em casa, deixei de viajar para não deixar ele longe de mim muito tempo, sai do computador sempre quando ele me chamava para ir para o pátio fazer companhia para ele, interrompi meus estudos para simplesmente acompanhá-lo quando queria ir na frente da casa (ele não ia sozinho), etc. Fiz isso e muito mais e ainda acho que fiz pouco. 

Mas em maio desse ano de 2020, quando eu vi que ele estava indo embora aqui da Terra, fiz uma promessa a São Francisco de Assis que, se meu fiinho desencarnasse em paz sem sofrer, eu ia lutar, eu ia ajudar a causa animal pelo resto de minha vida. E ele desencarnou como o anjo que sempre foi e portanto, aos poucos, vou pesquisando sobre projetos de resgate de animais abandonados, vou lendo, vou acompanhando perfis nas redes sociais de pessoas que se envolvem com a causa animal, aos poucos vou montando minha rede de projetos que quero ajudar a divulgar e de outras formas dentro do que posso fazer. 


Mas voltando ao filhote...o primeiro mês sem ele foi dor pura, éramos um grude, sempre fomos. Onde

um estava dentro de casa o outro estava junto, cada vez eu passava por ele eu beijava a testa dele, muitas vezes eu abraçava até ele fazer uns sons tipo dizendo: "tá mãe, me larga". Eu cuidava do que ele precisava primeiro para depois cuidar de mim, isso desde a hora que eu saia da cama. Não é de se surpreender que a ia dele para a morada dos anjos fez eu chorar muito, o meu peito parecia se abrir, mas com o passar do tempo, comecei a me acalmar e refletir e hoje estou vendo qual foi a missão dele na minha vida:

Quando vivo, ele me ensinou a amar sem pedir nada em troca, ele me mostrou que também sou amada, que sou importante e o quanto o carinho puro, uma brincadeira sem maldade, um abraço (porque ele quando estava no meu colo, colocava os bracinhos ao redor do meu pescoço) ou a eterna alegria de viver (quando ele pulava e se mostrava feliz da vida pelo simples fato de correr no pátio) podem fazer bem para todos ao redor. Isso quero levar para a vida: quero amar mais as pessoas e não guardar mágos, quero abraçar mais (quando essa pandemia passar claro), quero ter meus momentos de descontração, de dançar sozinha em casa, de brincar mais, sorrir mais e dar carinho para as pessoas ao meu redor, quero ser leve como ele foi. 


Agora ele desencarnado, ele está me ensinando a ser forte, a enfrentar as dores de frente (elas podem ser da falta dele, ou de ver animais sofrendo precisando de ajuda, ou de ver a realidade ao meu redor, etc), ele está me ensinando a viver por um propósito maior que eu mesma. Ele está me mostrando que por mais que eu ainda chore de saudade dele eu sou forte sim e que a dor pode ser o impulso de olhar para quem precisa.  Ele está reforçando os sonhos de vida que eu já tinha mas que agora não serão apenas para mim, mas conforme eu for conquistando o que desejo, serão sonhos que eu vou transformar em ajuda para nossos nossos amigos de 4 patas em homenagem a ele. Dessa forma, vou cumprir a promessa que fiz a São Francisco e a ele também em uma das nossas últimas conversas com ele ainda vivo. 




O meu eterno filhote, mesmo em outro plano, ainda está me ensinando coisas, agora é a de transformar a dor da saudade em garra para lutar pelos meus sonhos e pelo meu novo propósito de ajudar os amigos dele. Pelo Lyon, pelo ser que transformou a minha vida: vou transformar sim a vida de outros seres de luz como ele... 



Fique em paz meu amor... fique sempre na luz... te amarei por toda a eternidade. 


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