Caixa Postal #45 - retorno

segunda-feira, 19 de julho de 2021

 Olá trilheiros!

Antes de tudo, você leu o post Retorno numa terra pouco habitada ? Se não leu, leia, assim vai entender tudinho. 

Bom, com a volta da coluna Caixa Postal, vou mostrar alguns livros novos na estante que chegaram desde que a pandemia iniciou. 


* Ponto de inflexão - Flávio Augusto 

Buzz Editora

Não recordo pela indicação de quem comprei esse livro já que fazem alguns meses. É minha leitura atual e estou gostando muito, em breve resenha. 


* Aprendizados - Gisele Bündchen

Editora Best Seller

Fazia tempos que eu queria esse livro e ai eu aproveitei numa promoção. Não recordo onde eu comprei mas já está lido e em breve teremos resenha aqui. 


* Sono. Mude seu modo de dormir em 90 minutos - Nick Littlehales

Editora Rocco

Este livro eu ganhei no Skoob naqueles sorteios de cortesia. Fiquei muito feliz e pelo que dei uma olhada no livro ele é ótimo, está na lista de próximas leituras. 



* A Lei e a Literatura RE(de)SENHADAS - Márcia Belzareno dos Santos

Editora Chiado

Este livro veio como brinde de um outro livro que comprei e agora não me recordo qual foi, mas agora fazendo as postagens de caixa postal novamente vou registrar certinho que chegar. 


* Confinamentos & Afins - Rodrigo França

Editora Agir

Livro que eu ganhei num sorteio da editora no Instagram. Na lista de leitura. 


Por hoje é só, tenho mais postagens prontas mas vou colocar aqui aos poucos. Espero que tenham gostado e se alguém ler essa postagem, comenta aqui se conhece algum livro, se  já leram, se gostaram. 


Fernanda Rocha

Retorno numa terra pouco habitada

Olá trilheiros !!




Há anos quando os blogs de moda, de literatura eram super visitados, os blogs eram o que o Instagram é hoje em dia em termos de visibilidade. 

Final de semana eu vim aqui arrumar os marcadores, esse layout atual é um que eu mandei fazer especialmente para o Trilhas, mas quando eu decidi dar um tempo aqui e terminar com as parcerias e colunistas, eu apenas guardei esse layout junto com um backup geral do blog. Aqui ficaram apenas as resenhas de livros. 

No meio dessa pandemia me deu saudades do que o Trilhas um dia foi e por isso subi o backup completo com todas as postagens e o layout personalizado. Claro que nem tudo ficou do jeitinho de antes, mas estou arrumando do jeito que dá, postagens de resenhas ficaram duplicadas e marcadores bagunçados, foi então que comecei uma maratona de arrumar aos poucos tudo aqui. Ainda não terminei mas em breve quero ver tudo organizadinho. 




E nessa arrumação toda, revi muitas postagens que me deram saudades, que nostalgia da época que os blogs eram os Instagram de hoje em dia mas não com postagens pequenas ou stories curtinhos feitos para uma geração que não tem paciência para nada, mas sim postagens grandes, estudadas, bem elaboradas e vídeos longos no Youtube. Como preparar conteúdo para blog exigia de todos nós blogueiros, estudos, pesquisas, mas era gostoso, tanto que me deu uma saudade imensa. 

Diante disso decidi voltar a produzir esse tipo de conteúdo, mesmo que os blogs não sejam mais o foco principal, mesmo que não haja visitas por aqui, quero voltar a produzir conteúdo para pessoas que sei que existem espalhadas por aqui com tanta saudade daquela época como eu. 

Voltarei com algumas colunas que eu tinha por aqui, por exemplo: Caixa Postal que eu mostrava tudo o que eu ganhava, que chegava pelos correios e comprinhas também.  Estou pensando também em voltar com outras colunas, mas aos poucos vou anunciando por aqui. 

Estarei também no Instagram e nas redes sociais mais moderninhas mas sem deixar de produzir conteúdo completão aqui para o Trilhas Culturais.  Aguardem. 

Resenha: Sobrevivendo entre lobos

segunda-feira, 12 de julho de 2021


Autor: Bruno Apitz

Editora: Universo dos livros

Número de páginas: 464

Skoob

Em fins de março de 1945, a organização comunista secreta do campo de concentração de Buchenwald é abalada pela chegada de um garotinho de apenas três anos, trazido dentro da mala de um judeu polonês. Agora, Bochow, Krämer, Höfel, Pippig e seus camaradas do Comitê Internacional do Campo precisam enfrentar um dilema cruel - e também as consequências de suas escolhas.

Qual seria, então, a opção mais sensata: esconder a criança, arriscando todo o grupo ou enviá-la no próximo comboio com destino à morte iminente? Esse é o emocionante relato de uma história eletrizante e humana ambientada na dura realidade da Segunda Guerra Mundial.


Informações sobre o original

A primeira publicação do livro, em 1958, causou comoção intensa e rapidamente esgotou os estoques de exemplares impressos. Em razão da turbulência política que permeava a época da primeira edição e da clara intenção de Bruno Apitz quanto a retratar a vida no campo de concentração de forma deveras impiedosa, deu-se início uma série de polêmicas acerca da obra.

Apesar da situação conflituosa, a narração foi adaptada para a televisão da Alemanha oriental em 1960; transformada em um filme homônimo pelo diretor Frank Beyer, em 1963; e em 2015, adaptada novamente para a televisão, sob o mesmo título, mas dessa vez pelo diretor Philipp Kadelbach, consagrando-se uma vez mais como símbolo da resistência antifascista.

Nesta nova edição, a Universo dos Livros relança o fenômeno literário mundial incluindo os trechos que haviam sido censurados em edições anteriores.


Este livro estava na minha meta de leitura de 2021, eu li e ao mesmo tempo que reconheço que é um ótimo livro, não consigo não sentir dor nas linhas dessa narrativa. 

É angustiante ler sobre os detalhes do campo de concentração, como era organizado, como funcionava, o que os homens ali presos passavam. Com o decorrer da leitura, o coração fica apertado quando uma criança chega escondida nesse terrível lugar, a sorte é que ela encontrou pessoas do bem, pessoas que sim pensavam na própria sobrevivência e em alguns momentos questionaram suas decisões de proteger tal ser tão pequeno mas, o espírito da bondade é o que prevalecia dentro deles, para sorte do garotinho. 

Quantas vezes essa criança foi quase descoberta, e o que foi preciso para mantê-la em segredo, o desespero de quem a levou lá para dentro, e a revolta dos superiores quando descobriram que havia uma criança entre eles. 

É chocante ler sobre tamanha crueldade de seres humanos para com seres humanos, é dolorido ver que pessoas torturavam pessoas, mas é mais desesperador pensar que, embora a gente viva num país livre e democrático, sabemos que a crueldade ainda existe, que torturas ainda acontecem e pessoas ainda são mantidas presas em muitos lugares, e isso tudo fica "camuflado" numa sociedade com mil e um atrativos. 

Ao ler esse livro me deparei com reflexões a cerca do valor da liberdade para fazer coisas simples do dia a dia, com o valor de ir e vir, com o valor que muitas vezes não atribuímos às nossas "simples" vidas.

O livro é forte sim, é tenso, é triste, mas recomendo a leitura pois ele esclarece, informa, e nos tira as vendas dos olhos para uma época da história mundial que não podemos deixar que se repita.



Amor por livros - parte 1/2

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Quem me conhece um pouquinho sabe do meu amor por livros, eu não posso ver uma livraria que já quero ir entrando e comprando (mesmo que minha conta bancária fique berrando nos meus ouvidos para não mexer na carteira). 

Eu devo esse amor aos livros ao meu pai que, sem querer (ou querendo), me incentivou a isso. Mas acredito que essa relação profunda com os livros começou bem antes de aprender a ler, começou com os livros de pintura. 

Quando eu era pequenina, lembro que minha mãe comprava livros com gravuras para pintar, eu amava e digo com toda a certeza: foi aí que comecei a ter os primeiros contatos com páginas, com folhas, com um objeto que eu tinha que folear mesmo que fosse para simplesmente pintar gravuras. 

Aprendendo a ler, meu pai, todo o mês quando ia no banco pegar o seu dimdim decorrente de seu trabalho, passava na banca de revistas e me trazia gibis. E eu ia saber o que era aquilo!! Porém, aos poucos eu ia vendo, descobrindo e lendo, um atrás do outro, até que eu tinha uma caixa grande lotadinha. Eu lia e relia, eu sabia todas as historinhas que tinha em cada um deles só vendo a capa. Tinha minhas histórias favoritas e estas eu relia dezenas de vezes até decorar cada frase. Somado a isso, cresci vendo meu pai ler jornais todos os dias, da primeira à última página.


Quando eu estava chegando na pré-adolescência, parece que o dono da banca disse que eu não tinha mais idade para gibis e indicou uma revista de adolescente que meu pai comprou e me trouxe (não sei se ele entendia o que era bemmm uma revista de adolescentes, mas ele comprou minha primeira, hehehehe). Ele comprou só uma, porque em seguida ele faleceu, mas depois continuei indo na banca com minha mãe e fiz coleção de revistas de adolescentes, hehehehe. 

Parece algo bobo, mas vejo que meu amor por livros foi construído dessa forma, dos livros de pintar até as revistas de menininas em crescimento, hehehehe. Nesse período eu me aproximei de "coisas" como: páginas, folhas, textos, histórias, etc. 

Depois disso, quando já estava namorando, hoje ex sogra, que amava ler livros de romance, começou a me emprestar alguns livros e aí eu entrei num caminho sem volta, hahahahahaha, do amor por livros! Óbvio que aqui pulei os livros do ensino médio que tive que ler para as aulas de literatura, mas foram livros que li na obrigação mesmo e não por querer. 

Tempinho depois, quando entrei na faculdade de Sistemas de Informação eu precisei de um computador, afinal eu estava iniciando uma faculdade da área de tecnologia, ia necessitar de um computador em casa. Com o primeiro computador e inúmeras tarefas da faculdade, Fernandinha curiosa entrou em ação e descobriu na internet os blogs, na época eram praticamente, literalmente diários pessoais mesmo, hehehe. 

Da leitura para a escrita, e foram tantos blogs criados e apagados, até que um dia, nas férias de verão da faculdade, eu sem nada para fazer fiquei vagando na internet em blogs e num deles tinha um desafio: escolher um personagem de algum livro e criar uma entrevista para esse personagem, tinha um porquê esse desafio, mas na hora nem dei bola, fiz e enviei. 

Dias depois, tinha um e-mail da dona do blog dizendo que eu tinha sido selecionada para ser colunista do blog dela, colunista de entrevistas com autores, era o blog Bookaholic. Oie? Quem? Eu?  Entrei em choque, nunca imaginava nada daquilo, eu era mega tímida, como assim eu fazer entrevistas mesmo que por escrito? E detalhe: aquele era o último dia que eu tinha para responder senão iam escolher outra pessoa. No susto mesmo aceitei. E aqui começa outra fase da minha vida de leitora que vou contar em outra postagem.