Vingança Mortal

domingo, 31 de agosto de 2014
Muitos blogueiros pegam tanta paixão pela literatura que começam a escrever seus próprios livros, um exemplo é a blogueira Raquel Machado que acaba de divulgar seu primeiro livro e nós do Trilhas claroo, ajudamos na divulgação.




Raquel Machado é formada em Ciência da Computação, e participa do mundo das artes desde criança, sendo a literatura uma de suas maiores paixões.
Há anos em meio à blogosfera literária e com histórias sendo escritas em rascunhos, decidiu tirar do baú suas ideias e compartilhar com o mundo.
A autora reside no sul do Brasil, na cidade de Caxias do Sul/RS. Mora com os pais, quatro cachorros e uma estante cheia de livros.



Vingança Mortal
Editora: Clube dos Autores / Amazon




Ao receber uma ligação sobre a morte de sua melhor amiga, Brenda volta a sua cidade natal, Lageado Grande. Lá ela vai ao velório de Nicole, onde encontra seu rosto marcado por facas. Uma dúvida surge: será que realmente foi um acidente como todos falam?
Ao voltar para casa algumas pistas aparecem, e Brenda fica obstinada a investigar a morte de Nicole. Ela decide então voltar as suas raízes. Porém, o tempo parece ter mudado muitas coisas, inclusive as pessoas que ela imaginava conhecer.
Envolvida em uma rede de intrigas, dinheiro, drogas e traição, ela se vê prestes a montar um quebra-cabeça, onde cada peça parece se encaixar com extrema exatidão. E a solução para esse mistério, pode revelar um segredo escondido há muito tempo.






Dançar

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dançar com a lua, estrelas, coração, sentimentos, sorrisos...
Dançar para curtir a paz...
Dançar para sentir a natureza...
Dançar para sentir a energia que quase ninguém percebe.

Dançar, uma forma de se sentir livre...





autora.poesia@yahoo.com.br

Diário de Bordo de Ana Marecos

Venho falar, anunciar, comentar sobre um livro maravilhoso que já li e vocês tem que conhecer: Diário de Bordo da autora Ana Marecos.


Fotinho da autora


As viagens serviram de inspiração à autora do “Diário de Bordo”.
Este “Diário” passeia pelo mundo, relatando, com humor, episódios a bordo dos aviões, uma vida passada "a voar", testemunho de uma paixão, em que os regressos superam as partidas.
Deixa-nos com uma vontade imensa de partir à descoberta deste mundo, retratado de uma forma especialmente doce, pela voz e o coração de quem teve a força e a coragem de impor sabiamente a alegria de uma presença forte às tristezas de tantas ausências.



Sinopse:

Uma história de Amor e de viagens, salpicada de bom humor.
Um relato de uma Assistente de Bordo, testemunho de uma vida apaixonante.
O outro lado de uma vida de sonho, como viver o dia seguinte à reforma de uma profissão repleta de ausências.
Será que estamos programados para o não - programado?
Será que podemos chamar a esta profissão: um modo de vida!?

Conheçam pessoal!! Vale muito a pena, o livro é ótimo!!

Curtam e conheçam também a autora e mais sobre o livro nos links abaixo:



E para quem quiser conhecer a editora Chiado, eis o link:



Aproveito e agradeço pelo e-mail e simpatia da autora.



Fernanda Rocha

Bailarina Lunática

quinta-feira, 28 de agosto de 2014
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."Friedrich Nietzsche




Bailarina Lunática

Eu tenho gestos delicados
como uma bailarina,
meu andar é delicado
como uma bailarina.

Mas, além de minha delicadeza,
há um coração selvagem
que grita por rebeldia,
proclamando uma utopia.

Além dos meus passos coreografados,
há um coração descoordenado,
que chora pelo mundo,
porque sonhou demais com o amor.

O amor não floresceu,
e a sociedade é um jardim infértil,
assolado por guerras e injustiças.

Vivemos de folhas secas,
miséria e ganância,
caos e luta,
fome e arrogância.

Eu escuto o som do paraíso,
então eu não consigo dançar
a música do comodismo,
que é mundano e insano.

A glória de ouvir a melodia dos céus,
traz a incompreensão social.
Se, para cada glória, há uma condenação,
os paradoxos tecem meu destino.

Eu sou uma bailarina que dança
aquelas músicas que não podem ser ouvidas.
Eu sou a bailarina delicada
que tem uma alma selvagem que beira à anarquia.

Você pode ver meu mundo
através das minhas lágrimas.
Você pode escutar minha música
através do meu sorriso.

Não descobri como eu consigo ser
tão selvagem e tão delicada.
Até mesmo na minha bondade,
há profundidades que beiram à selvageria.

E, até mesmo no meu lado mau e obscuro,
há uma vela delicada e flamejante,
que sorri na linha do trem
entre meu ego e o éter.

Eu quero me dissolver
na água do mar de Deus,
mas eu também quero personificar
uma gota do oceano e viver
revestida por esta carne.

Eu sou insana por ouvir
a música do amor
em uma terra sem flor.

Eu não consigo dançar
igual às outras bailarinas,
meus passos apontam direções contrárias,
e o mundo brinca de cabo de guerra comigo.

Todos nós somos iguais,
porque todos nós temos os mesmos sentimentos,
se o mundo valorizasse a emoção,
iluminada e gloriosa seria a razão.

Um menino do Tibete
chora como um velho de Nova York.
Uma menina de Paris
sorri do mesmo modo que uma senhora argentina.

Todos nós somos feitos
de sorrisos e lágrimas,
suor, sangue e paixão.

Mas, a sociedade
oprime a voz da lua,
ofusca a luz do sol,
impondo uma coreografia fria a todos.

Eu não danço e jamais dançarei
as coreografias impostas.
Eu apenas danço conforme
o som de minh'alma.

Eu danço sob a luz da lua,
então, eu sinto as minhas asas,
que não podem ser cortadas
quando há amor.

Eu danço um som diferente,
que está latente no meu coração,
lunática talvez eu seja,
mas para sempre bailarina.


Poema escrito por Tatyana Casarino
*Gravura: Prima Ballerina ou A Primeira Bailarina, cerca de 1878, Museu de Orsay. Obra de Edgar Hilaire Germain Degas (Paris, 19 de julho de 1834 — Paris, 27 de Setembro, 1917). Edgar foi pintor, gravurista, escultor e fotógrafo francês. Ele é considerado um dos fundadores do impressionismo.


Excelente semana a todos! :)

Abraços,

Taty Casarino






Editora Vida e Consciência

terça-feira, 26 de agosto de 2014
Venho dar uma ótima notícia: nossa primeira editora parceira desde a reabertura do Trilhas. Conheçam a editora Vida e Consciência!!!




Muitos podem não conhecer mas a Editora Vida & Consciência tem mais de 20 anos no mercado.

Seu foco é em conteúdo que despertem bem estar, renovações de atitudes, melhoria de vida do leitor. Com esse objetivo a editora conta com livros de diversos autores tais como: Zíbia Gasparetto, Luiz Gasparetto, Monica de Castro e Marcelo Cezar, entre outros. Mas para quem quer uma ajudinha em entender que tipo de livros a editora trabalha aqui vai a listinha das categorias dos livros:  Romances Espiritualistas, Desenvolvimento Pessoal, Metafísica Moderna, Fatos e Estudos, Literatura Infantojuvenil e Infantil.

O site da editora é cheio de mensagens inspiradoras que todos podem acessar e ler. Há também um cantinho para cadastro de e-mail e receber reflexões diárias direto no e-mail. 

E é claro, a lojinha virtual na qual fica difícil se apaixonar por um único título.

Abaixo estão os links para vocês curtirem e se sentirem mais leves e inspirados.




E quem quiser conferir, temos um livro da editora já resenhado aqui no Trilhas: O Amor é para os Fortes.
Aguardem novas resenhas. 


Fernanda Rocha


Nova capa de Chantilly

Quem conhece a autora Mare Soares já deve conhecer ou até ter lido o livro Chantilly (resenha).




Pois o livro agora está com nova capa :



Linda  né?

Em breve estaremos anunciando aqui a continuação Copenhagen. Aguardem.

Enquanto isso vamos conferir o site da autora?





Fernanda Rocha

Flutuar

domingo, 24 de agosto de 2014


Querer a luz...
Querer sentir a paz...
Flutuar...

Desejo de hoje é flutuar...
Me desligar desse mundo corrido, urgente, tenso, louco...
Quero ficar na minha loucura calma...

Buscando a luz...
Me desligando...

Indo para um universo paralelo...

Flutuar...






autora.poesia@yahoo.com.br

Links - Agosto/2014 - 2

Vamos as links dessa semana?


- Moradores de rua e seus cães (Site: QGA)

- Diferente do que se pensa, depressão raramente leva ao suicídio (Site: QGA)

- Não precisa de reconhecimento (Blog Geração de Valor)

- Acredite em você (Blog Geração de Valor)

- Porque você precisa saber perdoar (Blog Geração de Valor)

- Prefira sempre a verdade (Blog Geração de Valor)

- O que estou desapegando (blog Vida Minimalista)

- Quer economizar? Veja 11 maneiras de eliminar gastos extras a partir de hoje (Yahoo Finanças)

Apresentando colunista

Pessoal,

Hoje venho com uma novidade, temos mais um (a) colunista. Coloquei um (a) pois a pessoa não quer se identificar e usará um apelido...chamem de Aurora. 
Aurora vai fazer posts de poesias, para quem gosta vai se deliciar. Então vamos à primeira poesia. 

Bem vinda Aurora!!!


Romantismo

quinta-feira, 21 de agosto de 2014
        
As minhas escolas literárias favoritas são o barroco e o romantismo. Admiro muito o romantismo, em especial, gosto de escrever poesias com as características românticas. Veja algumas características do romantismo a seguir.




O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.

O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.
 
Características do romantismo:




Individualismo
Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos.
Subjetivismo
O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um individuo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam.
Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.

O eu é o foco principal do subjetivismo, o eu é egoísta, forma de expressar seus sentimentos.




Idealização
Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos adjetivos.
Sentimentalismo Exacerbado
Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato sobre uma vida.
O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo relatado.

Emoção acima de tudo.

Outras Características:
EgocentrismoComo o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.
Natureza interagindo com o eu lírico
A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é mera paisagem. No Romantismo, a natureza interage com o eu-lírico.A natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.

Grotesco e sublime
Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e a Fera, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.

Medievalismo
Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas se passam em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.
 
 Confiram um vídeo do poema "Apologia à lua", versos que escrevi para exaltar a lua, essa rainha da noite e das inspirações dos poetas:
 
 
 
Link do meu blog de poesias: http://tatycasarino.blogspot.com.br/
 
Excelente semana a todos! :)
 
Abraços,
 
Taty Casarino

Resenha: Um Certo Verão

sábado, 16 de agosto de 2014
Um Certo Verão




Editora: Arqueiro
Número de páginas: 271

Sinopse:
"Diagnosticado com uma doença terminal, Jack passa seus últimos dias se despedindo da esposa Lizzie e de seus três filhos. Inesperadamente, uma nova tragédia se abate sobre a família: Lizzie sofre um acidente de carro e morre. Com isso, as crianças são obrigadas a morar com outros parentes. Quando tudo parecia perdido, Jack se cura e reencontra seus filhos. Num verão inesquecível, ele luta para reconstruir a família e reaprende a amar."

Minha opinião:
Eu fiquei muito curiosa para ler este livro desde que ele foi lançado e li a resenha.

O livro começa com uma situação bem definida: Jack com doença terminal (sem esperanças de curar-se) que é casado com Lizzie que tenta cuidar do marido e dos 3 filhos. Cada linha da história onde mostra a situação de uma pessoa doente se despedindo em silêncio das pessoas que ama realmente emociona. Porém essa situação recebe um toque de mais tristeza, Lizzie, cheia de energia acaba morrendo. Impossível não pensar antes mesmo de ler como ficará essa família com o pai contando os dias para morrer enquanto os 3 irmãos ficam perdidos sem saber o que fazer agora sozinhos sem a mãe e com o pai em cima de uma cama esperando a morte.

A solução é Jack ir para uma casa que cuida de doentes terminais até eles realmente morrerem e os filhos em casas de parente...mas que história é esse onde só acontece tragédias? Mas aí que esta, quando todos esperam a notícia oficial da morte de Jack, ele se recupera totalmente, algo que nem os médicos sabem explicar. Agora sim Jack começa sua luta, buscando seus livros e tentando viver em paz numa cidade litorânea.

Jack porém tem diversos desafios: como se aproximar dos filhos e principalmente da filha adolescente, como criar uma nova rotina na casa onde sua esposa passou a infância e principalmente como recomeçar a viver sem o grande amor da sua vida.... E como se não bastasse muitas pessoas tentam destruir essa família ainda em construção.

O livro é ótimo, sempre com algo acontecendo, sempre com uma nova emoção nascendo em algum personagem, sempre destacando a luta para viver mesmo com dores das perdas sofridas.

Eu super recomendo esse livro cheio de emoção, cheio de lutas, cheio de sentimentos de amor e superação.

OBS: esta resenha é uma republicação aqui do blog Trilhas Culturais.

Parnaso de Além Túmulo

quinta-feira, 14 de agosto de 2014
                                  

   Parnaso de Além Túmulo é uma obra espírita que reúne poesias psicografadas por Chico Xavier de poetas mortos. É considerada a primeira obra psicografada por Francisco Cândido Xavier e foi lançada em julho de 1932 pela Federação Espírita Brasileira. Membros da Academia Brasileira de Letras, poetas, críticos literários e até psiquiatras fomentaram a repercussão da obra com suas análises positivas e negativas.
  Até hoje Parnaso de Além Túmulo causa polêmica por supostamente representar uma prova da teoria espírita de vida além-túmulo, bem como da possibilidade de comunicação entre os vivos e os desencarnados. No âmbito da literatura, tal obra representa um desafio no que tange à definição de criação e autoria pela qualidade da obra literária, escrita com considerável inteligência linguística no domínio de variados estilos literários.
   
   No prólogo do livro, encontramos: "Mas, perguntarão: -quem é Francisco Cândido Xavier? Será um rapaz culto, um bacharel formado, um acadêmico, um rotulado desses que por aí vão felicitando a família, a pátria e a humanidade? Nada Disso. O médium polígrafo Xavier é um rapaz de 21 anos, um quase adolescente, nascido ali assim em Pedro Leopoldo, pequeno rincão do Estado de Minas. Filho de pais pobres, não pôde ir além do curso primário..."
                     

      Salienta-se que Chico Xavier só estudou até a quarta série do ensino fundamental, e na época do lançamento do livro trabalhava das sete horas da manhã até às oito horas da noite como caixeiro de um armazém em Uberaba. Ele não teve acesso à leitura das obras literárias dos poetas que psicografou nem tampouco conhecimento de recursos poéticos e figuras de linguagem para desenvolver tantos versos ricos. O modesto conhecimento que adquiriu no ensino fundamental não era o suficiente para fazer de Chico um intelectual de poesia nem tampouco um plagiador de obras que nem conhecera.
      Como o início da obra afirma, os versos de Parnaso de Além Túmulo não nasceram de uma ideação prévia nem de encadeamentos de raciocínios ou fixação de imagens como os versos costumam nascer, visto que "é tudo inesperado, explosivo, torrencial!"
      O termo "Parnaso" significa "reunião de poesias". Logo, a obra é feita de uma coletânea de poesias de além túmulo. O jornalista Manuel Quintão ao ler as poesias psicografadas por Chico Xavier afirmou: "Romantismo, Condoreirismo, Parnasianismo, Simbolismo, aí se ostentam em louçanias de sons e de cores, para afirmar não mais subjetiva, mas objetivamente, a sobrevivência de seus intérpretes. É ler Casimiro e reviver 'Primaveras'; é recitar Castro Alves e sentir 'Espumas Flutuantes'; é declamar Junqueiro e lembrar a 'Morte de D. João'; é frasear Augusto dos Anjos e evocar 'Eu'."

     
      Eu li, amei e recomendo! Quem alguma vez já leu os poemas dos poetas desencarnados reconhecerá o estilo deles. É a voz deles que continua fazendo versos do outro lado, almas poéticas que ecoam pela eternidade...
      Emocionei-me ao ler um Augusto Dos Anjos menos sombrio, poetas intelectuais e admirados proclamando a beleza do espírito e a finitude da matéria ilusória. Poetas que conheceram as mais belas paisagens e os mais belos perfumes... Outros que passaram por imensas dores e provas pelos erros que cometeram nessa vida.
     Antero de Quental, por exemplo, desencarnou por suicídio em 1891. Destacado nas letras portuguesas pelo espírito filosófico, ele sofreu muito no além-túmulo pelo suicídio que cometera.

"Apenas dor no mundo inteiro eu via,
E tanto a vi, amarga e inconsolável,
Que num véu de tristeza impenetrável
Multiplicava as dores que eu sofria."

Primeira estrofe de "Depois da morte"
poema de Antero psicografado por Chico.
 
   Uma obra de arte com belíssima. Toca a alma! Quem gosta de poesia e espiritualidade não pode perder.

"O objetivo essencial da arte é a busca e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a busca de Deus, uma vez que Deus é a fonte primeira e a realização da beleza física e moral."
   Léon Denis em "O Espiritismo e a Arte".

Uma semana cheia de luz para todos!

Abraços,

Taty Casarino.





    

O que virá

quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Leitores do Trilhas, voltei para conversar com vocês... informar o que anda acontecendo aqui nos bastidores e contar o que virá.



Voltei com o blog e vocês podem conferir diversas resenhas de livros que estão sendo republicadas, mas não se preocupem, voltarei com as resenhas inéditas sim (apenas preciso que passe a ressaca literária que me encontro).  Também vocês podem conferir a colunista Taty Casarino, ela começou aqui recentemente e ela esta falando da área de literatura, mas temos planos de nos aventurar juntas em outras àreas também.

Outra coisa que eu estou devendo à vocês são os vídeos, prometo, prometo e não volto, mas acreditem: voltarei a gravar sim, preciso apenas de um tempinho a mais. Não estou tendo muito ânimo para fazer vídeos como vocês merecem, ou seja, com vontade e capricho. Mas logo essa fase passa e eu gravo sim, tenho material para vários já.

Começarei a fazer posts sobre o que foi colocado no Instagram. Já vou agendar alguns posts. 

De resto, fiquem aguardando...espero ir trazendo novidades aos poucos. 

Resenha: O Chamado Selvagem

sexta-feira, 8 de agosto de 2014
O Chamado Selvagem



Autor: Jack London
Editora: Dracaena
Número de páginas: 116

Sinopse:

"Buck vivia tranqüilamente no sítio do juiz Miller, no vale da Santa Clara, na Califórnia. Filho de um são bernardo com uma pastora escocesa, ele era um cão imponente, com músculos firmes, pêlos quentes e compridos. Entretanto, não fazia nada além de passear pelos vales, acompanhando os netos de seu dono. Até que um dia, Buck foi roubado e vendido a exploradores de ouro que partiam para uma aventura pelo Alasca. A partir daí, sua vida sofreu uma reviravolta e ele foi obrigado a trabalhar duro, num ambiente inóspito. O que seus novos donos não esperavam era que, ao adaptar-se à nova realidade, Buck começava a fazer parte dela e a descobrir sua verdadeira natureza. "

Minha opinião:

Quando escolhi este livro para ser lido, imaginei que se tratava de um personagem humano e que tivesse um cachorro ou lobo como companheiro e que assim se desenrolasse a história. Mas o que me deixou bem surpresa e de certa forma ajudou a me conquistar foi o fato do livro se tratar da vida de um cachorro, o Buck.

Buck tinha uma vida super boa no início do livro até o dia que foi roubado e vendido para donos que fizeram ele trabalhar como nunca tinha feito na vida. Se acostumar com a neve foi o primeiro desafio de Buck. Com o passar do tempo Buck foi passado para outros donos, alguns foram rígidos mas justos, outros foram cruéis, até que Buck conheceu um dono amigo, alguém que o defendeu em uma situação limite, alguém que o amava.

O livro é emoção do início ao fim, fiquei com o coração partido em muitas partes do livro, e me emocionei em outras mais. Depois que terminei de ler o livro eu corri para meu cocker lindo e me abracei nele feliz por ele ser tão cuidado e amado mas também fiquei de coração partido em imaginar que outros cães não tem a mesma sorte. Sim, a história deste livro me fez pensar nos vários cães abandonados que existem, em bichinhos que sofrem, que lutam pela sobrevivência.

Deu para perceber que Buck toca no coração de quem lê. Livro emocionante, livro lindo. Você que gosta de bichinhos leia e se emocione.

OBS: esta resenha é uma republicação aqui do blog Trilhas Culturais.

Heterônimos e o poeta ator

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

                                      
       
     Ao contrário de pseudônimos (falsos nomes que ocultam a verdadeira identidade do escritor ou poeta), os heterônimos constituem uma personalidade diferente do escritor, uma espécie de "personagem" inventado por este que compartilha textos baseados em ideias e sentimentos que, muitas vezes, não pertencem ao próprio criador. O criador do heterónimo é chamado de "ortônimo. Sendo assim, o autor assume outras personalidades como se fossem pessoas reais e escreve segundo essas. Os heterônimos de Fernando Pessoa, por exemplo, nem sempre exprimiam aquilo que ele acreditava.
 
   Em muitos de meus próprios poemas, há sentimentos retratados que não são meus, mas de meus personagens. O poema, muitas vezes, é um desabafo e uma expressão artística de nossos próprios sentimentos. Outras vezes, o poema é simplesmente arte, tocando a dramaturgia, e por que não tentar retratar outras sensações, sensações até desconhecidas? Como diz Pessoa, o poeta é um fingidor...
         

      É bom brincar com o viés lúdico, ser poeta também é ser ator. É incrível poder mergulhar em outros universos, descobrir como pode ser a vida vista sob o ponto de vista de outras mentes, outras, opiniões outras almas. O ilustre poeta Fernando Pessoa costumava dizer: "Ter opiniões é estar vendido a si mesmo. Não ter opiniões é existir. Ter todas as opiniões é ser poeta".
   O maior e mais famoso exemplo da produção de heterónimos é do poeta português Fernando Pessoa. Ele criou os heterônimos Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, entre muitos outros. Também criou o semi-heterônimo Bernardo Soares.
                        

   Outro caso que pode ser citado é o do autor Stephen King, que criou o heterônimo Richard Bachman. Este possuia uma personalidade mais pessimista, e seus trabalhos apresentavam mais cenas de violência mais detalhadas.
 
  Não somos uma pessoa só, não somos apenas o que parecemos. Podemos conviver com várias "personalidades" dentro de nós, e isso não é loucura hehehe. Isso é libertação. Libertação das dogmas que nos prendem em um sentido só. A nossa essência é única, mas pode se manifestar de diversas formas. A mulher, por exemplo, experimenta isso na vida. Ela, muitas vezes, tem de conciliar a mulher-mãe, a mulher-namorada, a mulher-profissional, a mulher-menina, a mulher-mulher e tem de conviver com muitas faces, sentimentos, pensamentos e desejos múltiplos dentro de si mesmo. Seu caráter pode ser único e sua essência coesa, mas, para sobreviver, atuamos em várias "personas" sem que isso possa ser percebido.
   O poeta percebe. E, por isso, escreve. E sua escrita nada mais é que o reflexo da vida.
 
Taty Casarino
 
tatycasarino.blogspot.com
 
 

Resenha: A Terra das Araras Vermelhas

domingo, 3 de agosto de 2014
A Terra das Araras Vermelhas



Autor: Roger Feraudy
Editora: Conhecimento
Número de páginas: 350

Sinopse:
"A Atlântida existiu. Foi a Terra-Mãe de civilizações como a hindu, a egípcia, a grega, a ária, a inca, maia e asteca, os peles-vermelhas americanos etc. E se ficássemos sabendo que legítimo sangue atlante original corre nas veias físicas e espirituais do povo brasileiro? E que povos da Atlântida se estabeleceram um dia no território brasileiro e terminaram originando nações que hoje conhecemos como culturas indígenas brasileiras? Lendo diretamente os registros espirituais de tempos remotos, o autor desta fascinante história, verídica em todos os detalhes, levanta o véu da História não contada da terra brasileira, e nos leva a conhecer intimamente a vida da colônia atlante estabelecida há 40.000 anos no litoral do Estado do Espírito Santo.

Uma narrativa intensa e vívida, tecida com os fios de vários dramas de fascinantes personagens que construíram o destino da Terra das Araras Vermelhas. Uma história apaixonante, que irá seduzir o leitor pela riqueza de informações inéditas sobre a história remota e ignorada do Brasil, e a herança atlante que pode ser reconhecida em diversos caracteres psíquicos do povo brasileiro. E cativá-lo com a trama envolvente que reuniu muitos destinos num drama de amor e morte, espiritualidade e forças mágicas, paixões e intrigas, lutas de poder, generosidade e renúncia, heroísmo e grandeza. "A Terra das Araras Vermelhas" é um romance ancestral e uma revelação inédita. Raras obras resultantes de pesquisa psíquica do passado podem igualar-se a riqueza, precisão e beleza dessa narrativa, que retrata a magia do povo atlante."

O autor desse livro já escreveu diversas obras bemm interessantes, inclusive estou de olho em uma chamada Baratzil, recomendo a pesquisa dos livros dele...

Mas vamos falar do livro. Ele relata que Atlântida existiu sim e relatos espirituais são contados nesse livro. Sim, é um livro mais espiritual, mas que  não entra em detalhes muito específico sobre esse assunto mas sim sobre Atlântida.

A Terra das Araras Vermelhas era um determinado lugar do Brasil, que na época também era conhecida como Terra de Zac. Ao redor da principal cidade foram construídas outras 12, cada uma com um administrador, além do rei que governava todas e ficava na sede central.

Por muitos e muitos anos, por muitas gerações, houveram reis que cuidaram dessas terras com amor e dedicação pensando mesmo no povo, eles governaram sem ameaças até que um dia, o rei Ay-Mhoré (que amava sua terra e seu povo), começou a perceber que tinha pessoas com segundas intenções ao seu lado, pessoas que ele sentiu que não poderia confiar. Em paralelo a isso, ele fica sabendo de uma terrível previsão: que a Terra das Araras Vermelhas ia sumir , águas iam invadir e inundar tudo.

Ay-Mhoré se descobra então em lidar com golpes que estavam sendo arquitetados para derrubá-lo e também em criar um plano para salvar seu povo mas sem alarmar ninguém antes do tempo.

Este livro conta história de amizade verdadeira, de guerreiros, de pessoas simples e totalmente ricas em amor, determinação e lealdade. Conta a história de pessoas dispostas a fazer de tudo para ajudar o próximo sem pensar em recompensas.

O livro é apaixonante!! E levando em consideração que a história ocorreu sim um dia, a vontade de ler só aumentava em cada página. Há! E o final....não poderia ser mais emocionante.

Recomendo este livro para todos. Uma belíssima leitura!

OBS: esta resenha é uma republicação aqui do blog Trilhas Culturais.