O Pequeno Príncipe

quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Bem, ninguém poderá falar que esta coluna não é eclética, não? Essa semana vamos falar de uma história infantil que não só é incrível como também é leitura obrigatória para todo adulto que perdido em um mar de afazeres se esquece de cultivar o que realmente importa.

O livro publicado em 1943 por San-Exupery impressiona pela mensagem singela passada através de um mar de metáforas que tornam o livro lúdico aos olhos de uma criança e sabedoria plena aos olhos do adulto que souber “enxergar com os olhos do coração”.

O filme, um musical de 1974 soube como lidar com estes dois pesos que equilibram tão bem este livro atemporal: sabedoria para os adultos e encantamento para as crianças. Elenco impecável, desde o ator mirim que fez o Pequeno Príncipe, até o deleite que é vermos Gene Wilder como a ladina e depois cativada raposa. Uma raridade, um estilo que está esquecido pela Hollywood tão apaixonada por Blockbusters.

Eu desafio qualquer leitor a me contradizer e dizer que nunca leu pelo menos uma citação que tenha saído desta história fantástica! A título de curiosidade, saibam que este livro tão simples, com ilustrações infantis de um elefante comido por uma cobra e de carneiros perfeitos dentro de uma caixa, é simplesmente um dos livros mais lidos do mundo, atrás somente da Bíblia e do livro O Peregrino.

Na minha opinião o filme é belo e merece ser visto, sim! Mas no caso do livro, a palavra não é merece ser lido, é DEVE ser lido, interpretado, contado e passado de pai para filho. Minha filha adora, ela tem cinco anos e vê-la compreender os sentimentos de amor do Príncipe por sua rosa egocêntrica e arrogante enche meu coração de ternura. Fica fácil entender a mensagem que o autor quis passar ao escrevê-lo para as crianças, porque elas sim teriam a sensibilidade para entender a proposta da obra.

Saint Exupery foi um piloto de guerra, e nesta condição pôde conhecer pessoas e culturas diversas, pôde compreender como o ser humano pode ser contraditório e confuso e ao escrever ''O Pequeno Príncipe'' pôde deixar ao mundo uma visão simplista e doce que tempo nenhum poderá apagar.

Quotes:

“Foi o tempo que tu dedicaste a tua rosa que a tornou especial”

“Mas se vieres às quatro, desde as três começarei a ser feliz”

“A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.
- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”

“Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la.”

''As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas e é cansativo para as crianças estar a toda hora explicando''

Nenhum comentário:

Postar um comentário

** Obrigada pelo comentário. Seja sempre bem-vindo (a) !! **
Obs: Comentários anônimos serão deletados.