O Noivo da Minha Melhor Amiga (será?)

domingo, 29 de setembro de 2013
Trair é pecado?

Na semana passada falamos sobre um superclássico da literatura e do cinema, e nesta semana o assunto é uma história nem tão "classuda" assim, mas um prato cheio para os amantes da comédia romântica: O Noivo da Minha Melhor Amiga.
Confesso que sou apaixonada pela autora do livro, Emily Giffin, acho que ela sabe como colocar fogo no nosso coração e dar um nó na nossa cabeça contando histórias aparentemente banais. E não foi diferente com esse título.
Não é fácil contar a história de uma mulher que dorme com o noivo da melhor amiga há sessenta dias do casamento e ainda torcer por ela e chamá-la de "a mocinha da história", certo? Pois é, mas é essa façanha que a autora consegue. E para isso ela nem precisou transformar Darcy (a traída) em uma megera malvada, ela é apenas... Deslumbrada! Com ela mesma, com a vida. E como toda pessoa egocêntrica nem percebe o patinho feio roubando a cena!
A Rachel (patinho feio) sempre se sentiu inferiorizada pelo forte apelo que a amiga diva tinha, e nas entrelinhas da amizade de muitos anos, nota-se alguns sentimentos incubados como ressentimento, mágoa. Acho que esse passado desenhou bem a situação complicada que se formou.
Dex (o noivo e o amante) é que era um grande ponto de interrogação do livro, parecia meio que levado pela maré e nunca tomava nenhuma posição e confesso que no livro achei-o ligeiramente apático e não entendia o motivo de tanto mel... Mas enfim, Emily Giffin escreve sobre mulheres fortes, assim a história é sobre Rachel e Darcy e são os sentimentos entre elas que me consumiram e me fizeram ler tudo em dois dias, me fizeram sofrer pelas duas garotinhas que prometeram ser amigas não importa o que, torcer pela felicidade da reprimida Rachel, entender as atitudes infantis da temperamental Darcy e ter a mórbida curiosidade sobre o que aconteceria quando a história viesse a tona!
Então, um tempo depois, lançam o filme. Primeiro questionei a escolha de Kate Hudson para o papel de Darcy, já que no livro ela era uma boneca morena, mas ela mandou muito bem! Baphônica!
Gennifer Goodwin também segurou bem a onda de ser a tímida Rachel.
E Colin Eggesfield, bem ele fez o Dex do livro tomar forma, cor e motivo de cobiça! Charmoso, dono de belos olhos e um sorriso que OH MY GOD!

A grande diferença entre filme e livro? Enquanto nas páginas o foco era na história entre Darcy e Rachel e sua amizade sendo afetada por uma traição, no filme era o amor incubado entre Dex e Rachel, e teve como gatilho uma revelação feita por ela em um momento de vulnerabilidade, no seu aniversário de trinta anos.

Achei inteligente o roteirista ter insinuado que Dex e Rachel tinham se amado desde a faculdade, mas como nunca foram honestos sobre isso a própria vida tratou de afastá-los. Foi uma maneira de contar uma história de 300 páginas em menos de duas horas e ainda assim não tornar o casal protagonista uma dupla de sacanas.

Vejam bem, no livro essa relação com o passado dos dois não era assim tão explícita, mas haviam várias situações periféricas que atenuavam a traição dos dois com a Darcy. Histórias da infância das duas, história da família do Dexter... Coisas que não cabiam no filme.

Qual eu prefiro? Sem dúvida o livro, e recomendo fortemente que leiam as sequências: Presentes da Vida, que conta o que aconteceu com a Darcy depois das fortes revelações e Questões do Coração, que não é exatamente uma continuação, mas narra a história de Tessa (irmã de Dexter) e você tem um gostinho de espiar a vida do casal depois do “felizes para sempre” que sempre embala uma história romântica.


O filme, recomendo que veja com pipoca, numa tarde chuvosa. Não muda sua vida, mas te faz sorrir!

Comentem e deem suas sugestões para próximas postagens!


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