Orgulho e Preconceito - Livro e Filme

quarta-feira, 2 de outubro de 2013


Olá, esta semana voltaremos aos clássicos. Como não falar de Jane Austen? Essa autora tem toda a minha admiração, afinal se viver de palavras é difícil em tempos modernos, imaginem no século XIII?

E é neste cenário nada favorável que escrevia a sagaz Jane, sobre a burguesia britânica e suas idiossincrasias. E uma de suas obras mais notáveis é Orgulho e Preconceito.

O próprio título nos dá uma boa ideia do tema: não fazer aquilo que realmente queremos porque nos levamos pelo orgulho, e não nos permitir ser de quem realmente pertencemos por preconceito. O casal tema destes dois círculos viciosos: Elizabeth Bennet e Mr. Darcy.

O fato deste livro já ter sido objeto de filmes e minisséries já mostra o valor de seu conteúdo. A proposta de avaliar com frieza toda a hipocrisia que cercava a sociedade feudal da época: famílias vulgares (sem berço, título e tradição) ousando casar suas filhas com famílias elegantes (com terras e títulos).

E dentre todas as obras cinematográficas e televisivas que se inspiraram nesta história inteligente, tenho especial apego pelo homônimo Orgulho e Preconceito, de 2005 com Keira Knightley e Matthew Mcfadyen.

Por que essa é minha adaptação preferida? Pelo respeito com o livro, afinal Jane Austen era especialista em finas ironias e sutilezas, descrevia como ninguém o cenário psicológico em que a história estava sendo contada e conseguia como poucos autores criar uma situação de tensão sexual e atração mútua, sem jamais revelar quaisquer pensamentos impuros ou condutas impróprias de suas personagens. Uma arte única para quem escreve.

E exatamente assim é o filme, o casal protagonista tem uma atuação tão entregue aos seus papéis que vemos claramente nos olhos escuros de Keira os sentimentos tempestuosos de Elizabeth, assim como nos olhos claros de Matthew toda a luta interna entre o que é correto e o que é vontade no coração do confuso Mr. Darcy.

A fotografia é igualmente um presente para o expectador, pois o cuidado com os cenários, figurinos e costumes de época tornam a obra impecável.

Uma informação/spoiler: ao assistir ao filme, você nunca, mas nunca mais mesmo esquecerá a beleza do nascer do sol enquanto o orgulhoso casal se rende, se olha e troca um casto beijo de mãos. O tipo de cena delicada, que só Jane Austen saberia escrever.


Livro e filme: imperdíveis, atemporais, maravilhosos! Leia e assista sem medo de errar!


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