Bonequinha de Luxo

quinta-feira, 24 de outubro de 2013


Olá! Após algumas semanas de muito trabalho, pude voltar a escrever para o blog. E como um pedido de perdão pela ausência, vou resenhar sobre uma história imortal: Bonequinha de Luxo.

Que menina não colocou os sapatos de salto e as pérolas da mãe, brincando de ser “moça”? Audrey Hepburn marcou gerações, com sua imagem frágil segurando um pacote com rosquinhas tomando café da manhã na frente da joalheria Tiffany's, usando um coque alto e um longo preto Givenchy.

Para as garotas mais jovens e apaixonadas por moda, que não tiveram o prazer de conhecer a fashionista dos anos sessenta Holly Golightly (personagem de Audrey), lembrem-se de Blair Waldorf (Gossip Girl) que em vários episódios citou esse filme.

Essa história leve, interessante sobre uma garota de programa que tinha um passado roceiro e agora vivia de luzes, glamour e moda em Nova York é um roteiro adaptado de um conto pertencente a um dos mestres na arte de escrever: Truman Capote.

E honestamente, fica-me impossível escolher meu preferido: Filme ou Livro? Já vi diversas resenhas comentando que há bastante fidelidade na obra cinematográfica e no conto, mas eu discordo. Não que as diferenças tenham tornado o filme ruim, longe disso, é um dos meus favoritos! Apenas que as emoções são completamente diferentes.

Capote é maravilhoso para escrever, saber usar traços de simplicidade em sua obra, mas com palavras poéticas que beiram a perfeição, com uma estética irretocável e uma sensibilidade única. E neste contexto ela trabalha muito bem sua Holly, cheia de contrastes vivendo uma vitrine elegante e glamourosa com um interior simples, de passado pobre.

O autor tem tato, mas, mesmo assim, a obra é melancólica: um escritor encantado com sua musa, narrando a vida de uma bonequinha de luxo, que esconde atrás de pérolas o passado marginalizado, que quer garantir sua segurança financeira atrás de acordos sórdidos. Holly é a mais doce das mentirosas, mente para si.

No filme, o amor entre o casal desabrocha, o relacionamento se desenvolve e a película termina com a esperança de que ela tenha aprendido a ser feliz. Já no conto de Capote, a felicidade é apenas um ideal, um amor platônico, a realidade entremeia-se mais com os sonhos dourados da jovem iludida. A vida é mais dura com ela.

Paul é um expectador no conto, e protagonista no filme.
Holly é essencial em ambos. Mais endurecida no conto, mais ingênua no filme.

Ambos são obras-primas.

Quote do Conto:

“… Ela estava com um vestido preto, ligeiro e elegante, sandálias pretas e gargantilhas de pérolas. Apesar da magreza sofisticada, tinha um ar de saúde mantida à base de cereais no café-da-manhã… A boca era larga; o nariz, arrebitado. Um par de óculos escuros obliterava os olhos. Era um rosto para lá da infância, mas para cá de uma mulher”.

(Como não imaginar Audrey Hepburn ao ler?)

Quote do Filme:

Nada de mal pode acontecer com você quando você está na Tiffany”.


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