Trilhas Entrevista com o autor Landulfo Almeida

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Olá leitores! O Trilhas Culturais traz entrevista com o escritor Landulfo Almeida, autor do  livro "As Duas Faces do Destino", resenha aqui. Abaixo vocês podem conhecer um pouco mais sobre o escritor e também o livro. Vamos conferir?



1. Fale um pouco sobre Landulfo Almeida
Sou alguém sempre em busca de superar os passos anteriores. Um eterno estudante, interessado por muitos assuntos, apaixonado por livros, cinema e fã ardoroso de minha filha.

2. Você poderia nos contar um pouco mais sobre o seu livro?
É uma história de mistério e aventura com pitadas de romance, que tem como fio condutor da narrativa a ficção científica. Apesar dessa última observação, o livro se passa quase que totalmente no mundo de hoje, com personagens humanos e complexos. Questões como o amor, a amizade e as escolhas que a humanidade tem feito permeiam sutilmente a aventura.

O livro contra a história de Bruno, um sujeito comum que vê sua vida mudar radicalmente ao conhecer Adrianna. Ele logo descobre que ela é uma mulher excepcional sobre vários aspectos. Adrianna alega ter vindo de um universo paralelo ao nosso. Através dela, Bruno será envolvido em uma trama na qual está em jogo nada menos que o próprio destino da humanidade. Para deter Kerligan Amnael, o antagonista de Adrianna, ele precisará fazer parte do mundo dos negócios bilionários, promover descobertas científicas de última geração e se envolver em espionagem industrial. Terá que enfrentar sabotagens, assassinatos e, principalmente, as próprias dúvidas sobre a história de Adrianna.

Tão importante quanto o mistério e a aventura é a transformação de Bruno, de um brasileiro comum de classe média, sem maiores propósitos em sua vida, a um dos homens mais ricos do planeta, com uma missão quase impossível. As dúvidas e o peso da responsabilidade estarão sempre presentes na narrativa. Parece uma história inverossímil, mas garanto que tudo é muito bem embasado e explicado para dar veracidade à trama. E não falta ação, pode ter certeza.

A aventura começa em Salvador, mas logo se polariza entre São Paulo e Londres. Tento ao mesmo tempo prestigiar o Brasil e tornar a obra universal.

3. Quando que surgiu a vontade de escrever um livro? Esse foi o primeiro?
Foi o primeiro. Eu sempre gostei de escrever, mas a possibilidade de escrever um romance surgiu mais recentemente. Comecei escrevendo críticas sobre filmes na época de faculdade. Não mostrava para quase ninguém. Envolvi-me tanto com as atividades profissionais que acabei me distanciando da escrita. Quando minha filha nasceu resolvi diminuir o ritmo de trabalho e, naturalmente, voltei a escrever. Criei uma série de histórias para ela: “As histórias da princesa Lulu”. Depois passei a registrar várias ideias de potenciais livros. Contudo, foi apenas quando reorganizei completamente minha atividade profissional, liberando preciosas horas durante o dia, que pude dar vazão ao forte desejo de colocar em papel uma grande história. De repente, escrever se tornou uma necessidade, uma terapia.

4. O processo de publicação foi longo? Dificuldades?
Levei um ano para conseguir publicar. Não é fácil. Primeiro tentei achar um agente literário. Descobri que esses profissionais existem, mas são poucos e difíceis de fazer contato. A maioria não me respondeu e quem o fez não estava aberto ao meu tipo de livro ou mesmo a novos autores. Passei então a pesquisar as editoras e tentar descobrir quais publicavam livros cuja temática era semelhante à de minha obra, quais recebiam originais e de que forma. Consegui mandar o original para cinco editoras. Quase todas me retornaram após alguns meses indicando que não possuíam interesse. No ínterim, através das pesquisas na internet, fechei contrato com uma pequena editora que aceitava publicar os livros em parceria, dividindo os custos. Foi um erro.
Perdi tempo e dinheiro e não consegui publicar. Felizmente, nesse processo entendi melhor como o mercado funciona. Conheci alguns autores nacionais através da rede mundial e recebi uma dica sobre a Editora Novo Século e o selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. O contato foi fácil e o retorno rápido. Fechamos o contrato pelo selo Novos Talentos. Sugiro que os autores iniciantes conheçam o programa, é muito interessante. Estou extremamente feliz em fazer parte do conjunto de autores da Novo Século.

5. E qual foi a sensação de ter um livro publicado?
Maravilhosa. O que foi uma surpresa, devo confessar. Quando comecei a escrever “As duas faces do destino” não sabia se iria publicar a obra. Quando decidi publicar não construí expectativas. Mas, quando vi o livro pela primeira vez a emoção tomou conta. Fiquei orgulhoso. Não tenho como negar. A obra literária é sempre uma representação física das ideias e sentimentos de um autor. Um pedaço de nós.

6. Como você vê o mercado literário nacional atualmente?
Hoje a maioria das editoras não investe em autores nacionais de ficção. No campo da não-ficção, se o autor tem reconhecida experiência relativa ao assunto que se propõe escrever, existe investimento.

A distorção criada na ficção me parece ser causada pela crença de que o leitor
brasileiro não gosta de autor brasileiro e pela facilidade de se investir em títulos já consagrados no exterior. Contudo, ambas as assertivas contêm falhas. O leitor brasileiro não conhece o autor brasileiro porque ele não é divulgado pelas editoras. Como gostar do que não se conhece? Hoje, para o livro se tornar um “best seller”, o investimento em marketing representa percentual grande do valor investido e a maioria das editoras não quer correr riscos. Contudo, os direitos de uma obra internacional consagrada muitas vezes são caros demais. Assim, a quantidade a ser vendida para se obter lucro precisa ser muito grande, gerando também os tais riscos. 

Por outro lado, o potencial de crescimento do número de leitores no Brasil é enorme. Segundo pesquisa de 2011 do Instituo Pró-livro e outros dados da internet, apenas 50% dos brasileiros leem livros e a média de leitura é de, aproximadamente, quatro livros por ano para esses leitores. Países como Espanha e Estados Unidos tem média da ordem de 10 livros por leitor por ano. Com o avanço do livro digital e a consequente queda nos preços e a chegada de livrarias e editoras de fora, acredito que o número de leitores vai aumentar e o mercado se tornará mais competitivo.

Conseguir bons autores brasileiros e investir na divulgação deles agora pode fazer a diferença para as editoras no futuro próximo. Ademais, os blogs literários tem feito um papel importantíssimo divulgando o conteúdo nacional. Esse efeito também deve ser levado em consideração pelas editoras. Acredito que estamos à beira de uma mudança importante no mercado.

7. O que os leitores podem esperar? Já existem novos projetos em andamento?
Sim. Estou escrevendo outra história. Termino esse ano e devemos ter um lançamento em 2015.

8. Um recado para os leitores.
Não se limitem. Leiam vários gêneros, explorem. Leiam os clássicos, os best sellers, autores nacionais e internacionais. Procurem boas referências, mas também se aventurem. Busquem histórias originais. Existem pérolas nas livrarias. Deliciosos momentos de emoção esperando por vocês.


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Espero que vocês tenham gostado. Abraços e até a próxima.

Fernanda Y.


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