Bananas Passas Congeladas

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
   Hoje escreverei uma crônica curta e já explico o porquê. Não, não estou sem ideias. É claro que a noite de terça é sempre meio desesperada porque fico pensando no assunto dessa crônica, mas não é o caso hoje: sei exatamente o que vou falar. 
    O porquê dessa crônica ser curta é que sofri um acidente e estou convalescendo. Não, não, convalescendo é uma palavra muito forte. Não capotei o carro, nem nada disso. Estou desenfermando, poderiam dizer alguns. Também não foi algo rápido que aconteceu e desenfermar dá o sentido de ser algo que demorou um tempo. Espero que não demore. Estou sentindo dor, mas está melhorando. Isso, isso. 
   Estava eu andando calmamente pelo shopping indo em direção ao meu carro quando senti uma dor lancinante na minha mão direita. Fiquei cego, desmaiei, comecei a estrebuchar, cantar Calypso e tudo que de ruim poderia acontecer a uma pessoa. Nem gosto de exagero, quase nada, mas senti sim uma dor lancinante e fiquei meio sem entender o que tinha acontecido. Aí que eu vi: uma moça, tão distraída quanto desastrada, tinha acertado uma caixa de ferramentas na minha mão. Sim, exatamente isso. Ela tinha acertado a ponta da caixa de ferramentas na minha mão com toda a força. Ela vinha de um lado do corredor, eu vinha de outro.
    Ela percebeu que tinha batido, pediu desculpas, mas ela andava rápido e eu também e ela nem teve tempo de perceber o estrago que ela tinha feito. Eu tive que sentar um pouco e respirar fundo para não chorar para melhorar. Naquele momento, eu só pensava em colocar alguma coisa gelada na mão para parar de sentir dor, mas nesse calor que está fazendo o que estaria gelado? Quase entrei em uma geladeira de sorvetes que tinha ali perto, mas achei que ela não comportaria o meu 1,88 de altura. 
    Esperei um tempo, fui fazendo umas massagens mequetrefes (até porque estava doendo pra burro!) e fui até o carro. Dirigi (o shopping do mal é perto da minha casa) e fui direto para a cozinha. Meus familiares já estavam todos dormindo, então não queria fazer barulho, acender luzes e tal. Peguei a primeira coisa gelada que eu vi no freezer. Era um pacotinho de bananas passas congeladas. Não sei, não me perguntem porque há um pacote de bananas passadas dentro do freezer, não sei.
   Agora estou aqui escrevendo por muito amor a vocês porque ainda doendo. E não posso xingar a moça porque sei que ela não fez de propósito, mas ela bem que podia ter prestado os primeiros socorros, oras!

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