Pregos na carruagem

quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Mil pregos na carruagem,
ferem a princesa e o príncipe.
Uma cabine apertada,
claustrofóbica e sufocante
cheia de pregos letais.

Doce princesa aprisionada
dentro da própria carruagem alada,
quantos pregos formam os teus ferimentos?

Deixe-me beijar as tuas mãos,
e, com a minha boca, arrancar os teus pregos.
Chagas quase santificadas
vejo em tuas mãos tão delicadas.

O sangue do amor é o sacrifício.
Ele morreu por nós e nós morreremos por Ele.
As chagas das tuas mãos iluminaram
as brisas floridas da paixão.

Nosso amor seria perfeito
se não houvesse pregos na carruagem.
Cada prego é um obstáculo real
que faz sangrar as tuas mãos cheias de sonhos.

É como se ela fosse uma flor
aprisionada num jardim de espinhos.
Tal princesa delicada está aprisionada,
doce conto de fadas.

Prisões de pregos pequenos,
letais, louvados e amargos,
machucando sonhos, ferindo ideais.

A tua carruagem está repleta de pregos,
cuidado com a vida antes de ser morte.
Sangrando as tuas mãos,
ferindo os teus pés.

Pés, que cabem em delicados sapatos de cristal,
como podem sangrar sem ver a luz?
Caminhar fora dos pregos
será a missão de todos.

Que luz é esta que vem da janela?
É o luar que desmancha pregos.
Doce lua apaixonada, doce fada da meia-noite,
tu és testemunha de que o príncipe salvará a carruagem,
eis que ele beija os meu pés que se curam dos pregos.

Poema de Taty Casarino.


Esse poema foi inspirado num sonho que tive onde havia uma carruagem antiga repleta de pregos.

Ótima semana a todos!

Abraços,

Taty Casarino.

http://www.tatycasarino.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

** Obrigada pelo comentário. Seja sempre bem-vindo (a) !! **
Obs: Comentários anônimos serão deletados.