William Blake

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

                    

   
      William Blake foi poeta, escritor e artista de obra visionária, criativa e evoluída. Ele nasceu em 28 de Novembro de 1757 em Londres, Inglaterra, e morreu no dia 12 de Agosto de 1827 em Londres, Inglaterra. Os seus poemas refletem misticismo religioso e temas filosóficos e políticos.
      Hoje em dia, William Blake é amplamente reconhecido como um dos mais criativos e visionários talentos artísticos de seu tempo. Ele era profundamente interessado no misticismo e no cristianismo ainda que apresentasse oposição à religião oficializada. As obras que produziu nas artes plásticas e na literatura refletem as suas mais intensas percepções e crenças, visto que era fascinado pelo mundo espiritual desde que teve sua primeira experiência mística aos 10 anos de idade quando viu uma árvore repleta de anjos em Peckham Rye, Londres.
          Sendo assim, Blake costumava dizer que, durante toda a sua vida, presenciava visões desse tipo. Tais visões, muitas vezes, eram a principal fonte de inspiração de suas obras escritas e ilustradas, as quais expressavam intensa espiritualidade.

                       

            
             Blake foi aprendiz do gravador James Basire durante sete anos no período em que estudava na Royal Academy. Casou-se com Catherine Boucher no ano de 1782, tendo a ajuda da esposa na impressão de muitas gravuras. Catherine também era um "pilar" emocional e espiritual para o poeta. Ele publicou a primeira coletâne de poemas, Poetical Sketches, no ano após o casamento. Depois, em 1784, abriu uma gráfica com o irmão Robert.
            Blake continuou o seu trabalho com ilustrações e desenvolveu um novo tipo de gravação em relevo que usou para ilustrar a maior parte de seus textos, entre eles Canções e Inocência e Canções da Experiência.
             Ele publicou as duas obras juntas para que formassem um conjunto de poemas contrastantes, tendo em vista que Canções de Inocência exalta o mundo natural de modo entusiasmado e com um tom até infantil enquanto Canções da Experiência revela um tom sombrio e trata da perda da inocência como uma quase inevitável consequência da vida e da compreensão do adulto. Vale salientar que Canções da Experiência foi uma obra escrita ao fim da Revolução Francesa.
              
                       

             
                   A partir de 1800, Blake trabalhou em Milton, A Poem, e parte do prefácio se transformou no comovente hino Jerusalem e no longo e visionário livro profético Jerusalem, The Emanation of The Giiant Albion.
               Destaca-se que, durante toda a sua vida, Blake se dedicou fortemente à espiritualidade e acreditou firmemente na igualdade racial e sexual, e numa humanidade inclusiva. Rejeitava a religião organizada, sendo que alguns de seus comentários causaram revolta na época. Em vez disso, se concentrava no poder da imaginação.
               As fronteiras criativas de sua mente eram ilimitadas. Sua obra e sua percepção do mundo tiveram enorme influência sobre uma sucessão de escritores, artistas e até cantores.

                       


*Informações da Biografia de William Blake extraídas do livro: 501 Grandes Escritores da Editora Sextante.

*Ilustrações de Blake utilizadas na postagem:
* O Ancião Dos Dias, Aquarela pintada em 1794, representando Deus como o Grande Arquiteto Do Universo.
*A Escada de Jacó, outra ilustração mística de Blake.

Confiram um belo poema de Blake:
*Tradução de Ângelo Monteiro

 O Tigre (título original: The Tiger)

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?
Sobre que asas se atreveu a ascender ?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração ?

E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui ?
Que martelo te forjou ? Que cadeia ?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores ?

Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação ?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?

Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

Ótima semana a todos e até a próxima quinta-feira!

Abraços,

Taty Casarino.

http://tatycasarino.blogspot.com.br/




                          
           
             

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