Jean Cocteau

quinta-feira, 30 de outubro de 2014
                                 

 
     Jean Cocteau viveu entre 5 de Julho de 1889 e 11 de Outubro de 1963. Ele foi um poeta, romancista, designer, dramaturgo, ator e artista de teatro. Nascido na França, numa pequena vila próxima a Paris, Jean Cocteau foi um dos mais talentosos e completos artistas do século XX, visto que atuou como diretor de cinema, poeta, escritor, pintor, dramaturgo, cenógrafo, ator e escultor. Em 1955, Cocteau foi eleito membro da Académie Française (Academia Francesa) e da Académie Royale de Belgique.
       Ele era filho de Georges Cocteau e de Eugénie Lecomte. O seu pai exercia advocacia além de ser pintor, suicidando-se quando Jean Cocteau tinha apenas 9 anos de idade. Jean começou a escrever aos 10 anos, e, aos 16 anos, publicou suas primeiras poesias, um ano depois de abandonar a casa da família.
               

        Embora ele fosse destaque em todas as áreas artísticas e literárias, Jean Cocteau insistia que era essencialmente um poeta, sendo toda a sua obra poesia independentemente da forma. Aos 19 anos, em 1908, publicou o seu primeiro livro de poesia, La Lampe d'Aladin. Seu segundo livro foi Le prince frivole (O Príncipe Frívolo). Cocteau teve amigos famosos como Édith Piaf e Pablo Picasso. Lutou contra o seu vício por ópio durante toda a vida adulta e declarou abertamente a sua homossexualidade, publicando, inclusive, vários ensaios criticando a homofobia.
               

         
          Jean Cocteau foi um grande cineasta, dirigindo filmes como: L'Éternel Retour,"O Eterno Retorno" de 1943,  La Belle et la Bête ,"A Bela e a Fera de 1946 e Orphée, "Orfeu" de 1949. A Bela e a Fera, filme francês em preto e branco dirigido por Cocteau é um dos filmes mais belos e artísticos que eu já vi além de ter uma fotografia linda. É poético como tudo que Jean Cocteau fez.

Confira o que Jean Cocteau escreveu sobre a poesia:

"A Invisibilidade é a Condição para a Elegância        

Parece-me que a invisibilidade é a condição para a elegância. A elegância acaba se for notada. Sendo a poesia a elegância por excelência, não sabe ser visível. Então, para que serve?, dir-me-eis. Para nada. Quem a vê? Ninguém. O que a não impede de ser um atentado contra o pudor, e apesar de o seu exibicionismo se exercer entre os cegos. Contenta-se em exprimir uma moral particular. Depois, esta moral particular solta-se sob a forma de obra. Exige que a deixem viver a sua vida. Faz-se pretexto para imensos mal-entendidos que se chamam a glória. A glória é absurda por resultar de um ajuntamento. A multidão cerca um acidente, conta-o a si mesma, inventa-o, perturba-o até se transformar noutro. O belo resulta sempre de um acidente. De uma quebra brutal entre hábitos adquiridos e hábitos a adquirir. Derrota, nauseia. Chega a causar horror. Quando o novo hábito for adquirido, o acidente deixará de ser acidente. Far-se-á clássico e perderá a virtude de choque. Por isso uma obra nunca é compreendida. É admitida. Se não me engano, a observação pertence a Eugène Delacroix: «Nunca se é compreendido, é-se admitido». Matisse repete com frequência esta frase. "

Jean Cocteau, in 'Visão Invisível'


Abaixo segue um poema que escrevi chamado "Lágrimas de Diamante", inspirado no filme La Belle et La Bête de Jean Cocteu, onde a personagem Bela chora lágrimas de Diamante em uma cena bela e poética. Fiz um poema-vídeo, utilizando cenas do filme ao som da música "Clair de Lune" de Debussy.







Ótima semana a todos!

Abraços,

Taty Casarino.

http://tatycasarino.blogspot.com.br/

 

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