Victor Hugo

quinta-feira, 9 de outubro de 2014
                       

  
      Victor-Marie Hugo foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos da França. Nasceu em 26 de Fevereiro de 1802 em Besançon e morreu em 22 de Maio de 1885 em Paris. Ele participou do movimento romântico e também do realista, trabalhando nos gêneros de Drama e Romance. Suas obras mais reconhecidas são Notre-Dame de Paris (O Corcunda de Notre-Dame) e os Miseráveis.
     Seu romance Notre-Dame de Paris foi escrito após uma encomenda, a qual pedia a produção de alguma obra referente a Notre-Dame para conscientizar a preservação desse patrimônio cultural francês. A partir do lançamento em 1831, Notre-Dame de Paris transforma-se no maior romance histórico de Victor Hugo ao definir a sociedade medieval francesa. A narrativa aborda a história do amor altruísta do sineiro corcunda e com deficiência auditiva chamado Quasímodo pela bailarina cigana Esmeralda.
               

     
    Notre-Dame de Paris retrata as "minorias sociais" francesas, ou seja, aqueles grupos sociais oprimidos pela sociedade por não se enquadrarem nos "padrões" de normalidade ditados pelas instituições de poder (igreja, família, escola e etc). Assim, temos os mais diversos personagens oprimidos pela sociedade retratados na obra de Victor Hugo: mendigos, delinquentes, pessoas com necessidades especiais, moradores de rua, ciganos, mulheres e etc.
         É muito interessante notar o poder da igreja naquela época, pois ela perseguia pessoas para condenar na fogueira ou na forca, mas também podia oferecer asilo aos condenados por algum tipo de delito. A forma de julgamento era isenta de procedimento ou direitos humanos, sendo subestimada a busca por provas. Inocentes eram facilmente condenados, pois a tortura obrigava a confissão até mesmo daqueles que não haviam cometido qualquer delito. A perseguição de ciganos também era comum, o que demonstra o absurdo do mal da discriminação que está há tempos na história social.
        Victor Hugo, ao contrário de muitos escritores e artistas do seu período, que só tinham suas obras reconhecidas após a morte, conheceu a glória ainda em vida, sendo um dos escritores franceses mais populares.

Abaixo um belo poema de Victor Hugo:
      

O Homem e A Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.
Uma ótima semana para todos!
Abraços,
Taty Casarino.
 

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