Série: meus textos antigos #18 - Qual o Tamanho do Seu Desejo?

domingo, 27 de outubro de 2019

Estou publicando textos meus escritos há algum tempo.  Hoje não necessariamente eu penso da mesma forma, ou tenho as mesmas opiniões, porém esses textos são marcas da minha evolução como pessoa. Esses textos foram publicados no blog Diário de Incentivo à Leitura.  E antes de ler, cliquem no play no vídeo no final do texto, leiam com trilha sonora. 

Depois que postar todos eles, irei postar textos inéditos. Deixe seu comentário. Compartilhe. 


- Quando você ataca a geladeira ou o armário da cozinha está mesmo, DE VERDADE, com fome?

- Quando você sai comprando tudo o que vê e colocando no cartão de crédito você compra só o que precisa? E desses itens: gosta DE VERDADE de todos?

- Quando você compra algo para ter de estoque em casa (normalmente produto de beleza ou maquiagem) você precisa DE VERDADE ter em estoque? Ou pode esperar acabar ou esperar ver o produto que esta usando ficar bem no finalzinho para comprar? Esse produto é tão raro achar que você precisa ter em estoque em casa?

- Quando você compra um refrigerante você quer DE VERDADE tomar ou pede só por uma questão de mania mundial?




- Quando você é estúpido com alguém, você DE VERDADE, queria ter essa reação ou poderia respirar, contar até 10, 20, 1000 e tratar a outra pessoa com mais educação?

-Quando você sai de casa dirigindo (e atrasado) precisa DE VERDADE costurar o trânsito (colocando sua vida e a dos outros em risco) ou pode chegar atrasado seja no quer for, pedir desculpas e na próxima vez sair mais cedo de casa? O compromisso é tão importante a ponto de, se chegar atrasado você perder sua vida?

- Quando você sai tagarelando sem parar tudo de sua vida, você DE VERDADE, tem que relatar sua vida para todo mundo ou pode contar apenas para quem confia?

São inúmeros exemplos que poderiam ser citados. Nessas perguntas procuro pensar no meu nível de desejo de todas as minhas atitudes.

Muitas vezes comemos o dia todo em casa só porque temos coisas gostosas no armário, mas na maioria das vezes estamos satisfeitos e nem precisamos comer nada, conhecem gula?


E quantas vezes quando saímos de casa...indo de ônibus quase enfartamos na parada por cada minuto em que o ônibus não aparece vindo lá longe. Indo de carro dirigimos como doidos...indo de táxi colocamos uma pressão imensa no motorista...e isso por quê? Porque em grande parte das vezes nos enrolamos com coisas desnecessárias para o momento. Para costurar o trânsito ou para colocar pressão no motorista do táxi, vale quando nós estamos passando mal e precisamos de um hospital (mas ai gente, pelo amor de nossa senhora dos sem noção: não dirigem tá?), ouu vale para quando estamos com alguém passando mal precisando urgente de um médico (mas ai costure o trânsito de forma cuidadosa, buzinando e gritando "Pessoa passando mal!!!"). Em qualquer outro caso prefira chegar atrasado, tomar vergonha na cara e na próxima vez sair mais cedo de casa.

Gente perdida desse mundo (me incluo no grupo): vamos pensar melhor na real necessidade de TUDOOOO o que queremos e em TODASSS as nossas atitudes!!!
Grande parte de nossas ações e desejos são tão superficiais que só perdemos energia neles em vez de focar no que queremos de verdade. Analisando melhor nossos desejos e ações vamos diminuir:

- o consumo;
- gastos desnecessários;
- pessoas magoadas com patadas nossas;
- número de acidentes de trânsito;
- fluxo de energia negativa rondando os ares e por ai vai....



Tem uma frase que adoro: "A sua urgência não é necessariamente minha prioridade", o que nesse caso atual do post eu mudaria para uma pergunta: "a MINHA urgência é de verdade uma necessidade?"

Vamos pensar e mais importante: mudar DE VERDADE!!


4 comentários:

  1. Esse texto é lindo, é super madura, representa sua fase de maior crescimento e encerra com chave de ouro (que frase inteligente a do final!). Esse texto me fez lembrar sobre o autocontrole que a Religião Católica ensina através da penitência e do domínio dos nossos 'pecados". Sei que o seu texto não tem nada a ver com religião e sim com comportamento humano, mas os assuntos combinam muito. A gula, por exemplo, que você citou no texto é um pecado capital a partir do momento que descentraliza o homem da verdade. Até onde é apetite de verdade e até onde é só gula? Tudo na vida tem limites. E respeitar os limites traz a verdadeira liberdade. Amo aprender com você. Beijos.

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  2. Leia esse texto para ver que interessante: https://padrepauloricardo.org/episodios/formas-de-penitencia-e-suas-razoes

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  3. Esse texto foi escrito pelo Padre Paulo Ricardo no tempo da Quaresma: "O corpo humano pode ser comparado a uma criança mimada, aquela que deseja ter todas as suas vontades satisfeitas e, mesmo que isso ocorra, ela ainda é irritadiça, preguiçosa e indolente. Assim é o ser humano, assim é o corpo humano.

    Quanto mais come, mais letárgico fica; quanto mais dorme, mais sono tem; e assim por diante. Trata-se da primeira consequência do pecado original, da mãe de todas as doenças: a filáucia, que pode ser definida como o amor de si contra si e cujo lema é “foge da dor, busca o prazer".
    Esse lema está muito presente na sociedade moderna, que incentiva a busca desenfreada pelo prazer, pela satisfação de todos os desejos, representado pela “liberdade". Enquanto isso, o ser humano se torna cada vez mais vazio e menos resistente à dor. Não suporta ser contrariado e se desestrutura quando perde algo ou alguém. Pudera, não foi ensinado a isso, não exercitou a moderação, não praticou a ascese e a disciplina.

    O tempo da Quaresma está chegando. A Igreja ensina e estimula o católico a praticar o jejum, a oração e a esmola. Essas três formas de penitência são um remédio para o combate das doenças espirituais, sendo que o jejum auxilia no combate à gula, a oração no combate ao orgulho e à soberba, e a esmola no combate à avareza. São exercícios que, se feitos com seriedade, têm a capacidade de arrancar o cristão católico das garras do relativismo que domina o mundo atualmente." Acho que a reflexão é válida e agrega positivamente no seu texto. Abração!

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