Resenha: Orgulho e Preconceito

terça-feira, 10 de maio de 2016
Autora: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Número de páginas: 304
Skoob

Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

A história se passa na Inglaterra no século XVIII. Uma família (família Bennet) composta de 5 filhas mulheres, a mãe e o pai delas é o centro da narração.

Entre essas 5 jovens, 2 delas são mais...superficiais, digamos assim. Elas se preocupam apenas com bailes, vestidos, sonham com um casamento com um lindo e rico homem (naquela época as mulheres não eram donas de seus narizes como agora, o casamento era o destino de todass), além disso não se importavam se suas "boas maneiras" provocassem o falatório da sociedade...elas queriam...falando de uma maneira mais atual...curtir a vida pensando apenas em roupas, divertimento e nada mais que isso.

Mas havia as outras 2 jovens que embora também gostassem de um baile, de roupas, de passeios, também eram bastande observadoras quanto ao que acontecia ao redor. Elas conversavam muito entre si, eram mais do que irmãs, eram amigas. Avaliavam os problemas (se estes existissem), prestavam atenção no caráter das pessoas...em linguagem mais atual eu diria que elas não se preocupavam apenas com a aparência, mas também com a personalidade das pessoas, com o conteúdo real dos acontecimentos. Elizabeth era a segunda mais velha e a mais centrada nas observações, Jane era a mais velha e a que nutria um sentimento bom por todas as pessoas. Jane apesar de não se importar apenas com futilidades, sempre achava que as pessoas eram essencialmente boas, apesar de muitas conclusões que ela e Elizabeth tiravam de vários acontecimentos. A última irmã, era uma apaixonada por livros e estudos, nada mais importava.

A mãe delas era uma pessoa que queria apenas um marido rico para cada filha, o status perante a sociedade era tudo para ela e esta estava disposta a quem sabe...até deixar as filhas mais ... hum... livresss para aproveitar as oportunidades de conquistar um homem, se isso provacasse um noivado breve. Atenção que o livre daquela época não é o livre da época de hoje.

O pai delas, era um homem reservado, porém justo. Não gostava nada da maneira da esposa ser e de tratar as filhas, achava fútil o comportamento das 2 filhas mais novas (aquelas que só queriam curtir a vida), porém era admirador das filhas mais velhas (as que "pensavam" por assim dizer).

Mas o que fala a história afinal? Bom, um jovem homem, suas irmãs e um amigo alugam uma casa na região que a família acima mora. Todos então da região querem conhecer o novo morador e mais ainda quem tem filhas que não estão casadas (parece mercado público de casamentos...).

O novo morador é atencioso com todos, uma ótima pessoa que logo conquista a região. Mas, seu amigo é orgulhoso, nariz empinado e irritante. O novo morador (Sr. Bingley) oferece um baile em sua casa, todos os moradores da região vão e ele diverte-se muito dançando com as várias moças presentes, dando atenção a todas as pessoas, porém se encanta com Jane em especial. Seu amigo (Sr. Darcy) pouco dança e não se preocupa em ser educado o bastante para tirar as moças que não conhecia para dançar, nessa festa ele e Elizabeth adquirem uma antipatia mútua.

Jane e Sr.Bingley se encantam tanto um com o outro que a amizade entre eles cresce, tanto que as irmãs dele se aproximam de Jane.
Elizabeth portanto e sem querer, acaba encontrando Sr. Darcy outras vezes além da festa, mas o sentimento de "te detestei" entre eles só cresce.

Após um tempo, algooo faz que Sr. Bingley viaje e não volte por meses. Elizabeth desconfia que alguém fez sua cabeça para que não se torne noivo de sua irmã, já que sua família era mais humilde e que não possuía poses. Jane fica muitoo abalada e viaja para casa de parentes.

Vários acontecimentos, passeios, cartas trocadas entre Elizabeth e Jane acontecem, até que em uma viagem que Elizabeth estava fazendo, ela reecontra o Sr. Darcy. Alguns capítulos a frente, ela descobre que o Sr. Darcy não é tãoo tirano como ela pensava (claroo que nesses capítulos tem tantaaa coisa que eu não conto para não perder a graça). Nessas alturas dos acontecimentos, Elizabeth fica surpresa a tal ponto que seus sentimentos não se reconhecem mais.

O tempo passaaa, até que numa nova viagem dela com uns tios, ela conhece (a contra vontade) onde o Sr. Darcy mora, mas ele não estaria lá, pelo menos a governanta dele garante isso. Mas como o destino é engraçadinho, ele aparece do nada e aíi sim...parece que Elizabeth descobre que a repulsa por ele muda completamente. Momentos de tranquilidade, paz...perturbadas por um acontecimento na família Bennet que faz Elizabeth voltar as pressas para casa. E o destino separa ela do antipático que agora não é tão antipático, que ela odiava mas parece que não odeia mais...enfim....mais um adeus é dado.

O problema vergonhoso na família resulta em....em algo que vocês devem ler e que para a família Bennet não foi tão ruim. Mas o que ninguém sabe é que o problema foi resolvido, porque aconteceu algo...obviamente provocado por uma pessoa, claroo.

Bom, nessas alturas do capítulo, acho que 50, o Sr. Bingley retorna a casa que alugou e a simpatia por Jane retorna. O final feliz então acontece? Não...afinal ainda tem Elizabeth coitada lá, tão inteligente e tão azaradaa...mass aí surge um boato envolvendo ela que faz ela ter esperanças em ser feliz. Sim, suas esperanças se tornam realidade e o fim feliz, agora sim, acontece.

O texto ficou grande, mas tentei dar minha versão da história, claro que escondendo todos os fatos cruciais para a história.

E neste final de livro, lhes digo: ameiiii, este livro entrou para a lista dos meus favoritoss!

O que me chamou mais atenção, entre diversos outros itens é a história tão bem contada e elaborada.
Quando você pensa que a história é rotina no século XVIII, aqui rotina não existe. Outro ponto que me encantei é com a linguagem de época, nesse século aí que se passa a história eles não falam nem parecido com algo "E daeee, como ta? Tipo...ontem eu pensei e vi que gosto de você" ou "Você é um canalhaaa"..nãooo, nessa época o uso das palavras é bem mais elaborado e até divertido a forma tãoo cordial como uma pessoa pode ofender a outra. Uma linguagem que me fez muito pensar na maneira como conversamos hoje e na, muitas vezes, falta de educação com que as pessoas se comunicam. Claroo que não estou aqui querendo que a linguagem da Inglaterra do século XVIII seja adotada nos dias de hoje, mas que muitas vezes somos um tanto econômicos nas palavras mais educadas isso somos.

Este livro, apesar de tratar de um romance, envolve também muitas intrigas, ficção. Super recomendo a leitura.

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