Resenha: Jogos Vorazes

sábado, 7 de agosto de 2021


Autor: Suzane Collins

Editora: Rocco

Número de páginas: 397

Skoob

Sinopse:

"Mistura de ficção científica com reality show, passando pela mitologia e pela filosofia com muita ação e aventura, Jogos Vorazes é o novo fenômeno da literatura jovem. Com um mote surpreendente, o livro, que está há mais de 85 semanas na lista de mais vendidos do The New York Times e de outras publicações de prestígio dos EUA, ganhou elogios de Rick Riordan, Stephenie Meyer e outros formadores de opinião e rendeu à autora Suzanne Collins lugar na badalada lista de 100 personalidades mais influentes do ano da revista Time.

Ambientado num futuro sombrio, Jogos Vorazes é pioneiro de uma tendência que vem ganhando força no mercado de best-sellers juvenis: a dos romances distópicos e pós-apocalípticos. Primeiro volume de uma trilogia, o livro narra uma luta mortal encenada por crianças e transmitida ao vivo para todos os habitantes de uma nação construída sobre as ruínas de um lugar anteriormente conhecido como América do Norte. Com sua narrativa ágil e ousada, Jogos Vorazes foi traduzido para mais de 30 idiomas e vem atraindo leitores de diversas faixas etárias.

Constituída por uma suntuosa Capital cercada de 12 distritos periféricos, a nação de Panem se ergueu após a destruição dos Estados Unidos. Como represália por um levante contra a Capital, a cada ano os distritos são forçados a enviar um menino e uma menina entre 12 e 18 anos para participar dos Jogos Vorazes. As regras são simples: os 24 tributos, como são chamados os jovens, são levados a uma gigantesca arena e devem lutar entre si até só restar um sobrevivente. O vitorioso, além da glória, leva grandes vantagens para o seu distrito.

Quando Katniss Everdeen, de 16 anos, decide participar dos Jogos Vorazes para poupar a irmã mais nova, causando grande comoção no país, ela sabe que essa pode ser a sua sentença de morte. Mas a jovem usa toda a sua habilidade de caça e sobrevivência ao ar livre para se manter viva. As reviravoltas do jogo e as dificuldades enfrentadas pela protagonista levam os leitores a sofrer junto com ela, enquanto descobrem um pouco sobre seu passado e seu relacionamento com Peeta Mellark, o outro tributo enviado pelo Distrito 12 para lutar nos Jogos Vorazes.

Inspirada pelo mito grego de Teseu e o Minotauro e bebendo nas melhores fontes da ficção científica, Suzanne Collins faz uma dura crítica à sociedade do espetáculo atual e prende a atenção do leitor da primeira à última página com um romance envolvente e perturbador."


Quando iniciei a leitura eu já tinha visto os filmes da trilogia, portanto já conhecia de certo modo a história. Aqui não vou entrar em detalhes sobre a história mas sim porque eu me apaixonei tanto pelo livro.

A crítica social levantada nesse primeiro livro é algo muito forte. Controle da população por meio dos distritos e as tarefas específicas de cada lugar, a vigilância constante por parte do governo, o espetáculo mortal no formato de reality show para distrair a população, a falsa ideia de que ninguém é mais forte do que a capital. 

Em cada detalhe do livro há semelhanças com o que vivemos, em cada capítulo do livro vemos pessoas que acreditam que não tem como reagir e obedecem sem discutir as regras impostas e também pessoas que mesmo não vendo esperança em seu futuro, reagem e não deixam de ser quem são de verdade. Se o que essas pessoas são vai no sentido contrário do que a capital deseja, azar, mas o que alguns personagens não abrem mão é do que são e do que acreditam, agem fieis a sua essência mesmo que a consequência disso seja a morte. 

É lindo de ver a força nos protagonistas (aqui me refiro a Katniss e Peeta, embora vários personagens tenham tido chance de se mostrar com destaque), força que nem eles mesmo sabem que tem, força que cresce conforme um tem que proteger o outro, e é aí, quando a realidade foge de suas existências individuais e/ou familiares, que eles começam a ver que podem, podem mais.

Se antes eles tinham preocupação apenas com sua própria sobrevivência e com a de sua família, no instante que eles se encontram numa arena, a preocupação começa a se estender para seu parceiro de distrito (no caso do 12), se estende para outros distritos (como para a Rue, do 11), se estende para a consciência de irem contra a manipulação da capital o máximo que conseguirem, eles querem vencer os jogos mas querem mostrar que não são apenas peças de um jogo.

O final do livro é uma faísca acessa pela Katniss e pelo Peeta, faísca essa que nem eles sabem que acenderam, aqui começa uma fase nova para os ganhadores e também para Panem.


Sem dúvida esse livro entrou para minha lista de favoritos. 

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