Amor por livros - parte 1/2

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Quem me conhece um pouquinho sabe do meu amor por livros, eu não posso ver uma livraria que já quero ir entrando e comprando (mesmo que minha conta bancária fique berrando nos meus ouvidos para não mexer na carteira). 

Eu devo esse amor aos livros ao meu pai que, sem querer (ou querendo), me incentivou a isso. Mas acredito que essa relação profunda com os livros começou bem antes de aprender a ler, começou com os livros de pintura. 

Quando eu era pequenina, lembro que minha mãe comprava livros com gravuras para pintar, eu amava e digo com toda a certeza: foi aí que comecei a ter os primeiros contatos com páginas, com folhas, com um objeto que eu tinha que folear mesmo que fosse para simplesmente pintar gravuras. 

Aprendendo a ler, meu pai, todo o mês quando ia no banco pegar o seu dimdim decorrente de seu trabalho, passava na banca de revistas e me trazia gibis. E eu ia saber o que era aquilo!! Porém, aos poucos eu ia vendo, descobrindo e lendo, um atrás do outro, até que eu tinha uma caixa grande lotadinha. Eu lia e relia, eu sabia todas as historinhas que tinha em cada um deles só vendo a capa. Tinha minhas histórias favoritas e estas eu relia dezenas de vezes até decorar cada frase. Somado a isso, cresci vendo meu pai ler jornais todos os dias, da primeira à última página.


Quando eu estava chegando na pré-adolescência, parece que o dono da banca disse que eu não tinha mais idade para gibis e indicou uma revista de adolescente que meu pai comprou e me trouxe (não sei se ele entendia o que era bemmm uma revista de adolescentes, mas ele comprou minha primeira, hehehehe). Ele comprou só uma, porque em seguida ele faleceu, mas depois continuei indo na banca com minha mãe e fiz coleção de revistas de adolescentes, hehehehe. 

Parece algo bobo, mas vejo que meu amor por livros foi construído dessa forma, dos livros de pintar até as revistas de menininas em crescimento, hehehehe. Nesse período eu me aproximei de "coisas" como: páginas, folhas, textos, histórias, etc. 

Depois disso, quando já estava namorando, hoje ex sogra, que amava ler livros de romance, começou a me emprestar alguns livros e aí eu entrei num caminho sem volta, hahahahahaha, do amor por livros! Óbvio que aqui pulei os livros do ensino médio que tive que ler para as aulas de literatura, mas foram livros que li na obrigação mesmo e não por querer. 

Tempinho depois, quando entrei na faculdade de Sistemas de Informação eu precisei de um computador, afinal eu estava iniciando uma faculdade da área de tecnologia, ia necessitar de um computador em casa. Com o primeiro computador e inúmeras tarefas da faculdade, Fernandinha curiosa entrou em ação e descobriu na internet os blogs, na época eram praticamente, literalmente diários pessoais mesmo, hehehe. 

Da leitura para a escrita, e foram tantos blogs criados e apagados, até que um dia, nas férias de verão da faculdade, eu sem nada para fazer fiquei vagando na internet em blogs e num deles tinha um desafio: escolher um personagem de algum livro e criar uma entrevista para esse personagem, tinha um porquê esse desafio, mas na hora nem dei bola, fiz e enviei. 

Dias depois, tinha um e-mail da dona do blog dizendo que eu tinha sido selecionada para ser colunista do blog dela, colunista de entrevistas com autores, era o blog Bookaholic. Oie? Quem? Eu?  Entrei em choque, nunca imaginava nada daquilo, eu era mega tímida, como assim eu fazer entrevistas mesmo que por escrito? E detalhe: aquele era o último dia que eu tinha para responder senão iam escolher outra pessoa. No susto mesmo aceitei. E aqui começa outra fase da minha vida de leitora que vou contar em outra postagem.

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