Resenha: A Revolução dos bichos

quarta-feira, 6 de setembro de 2023


Autor: George Orwell

Editora: Principis

Número de páginas: 96

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Sinopse:

Uma fazenda é tomada por seus animais maltratados e sobrecarregados. Cheios de idealismo, eles se propõem a criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade, administrando o local por conta própria. Os porcos, então, assumem o comando e, com suas habilidades de alfabetização, vão aos poucos mudando as regras que os animais haviam estabelecido previamente. Dessa forma o palco está montado com uma crítica muito bem escrita de como os ideais socialistas são corrompidos por pessoas poderosas, como as massas iletradas são aproveitadas e como os líderes comunistas se transformam em capitalistas.


Livro publicado pela primeira vez em 1945, final da Segunda Guerra Mundial. Aparentemente parece um livro com título em português quase que infantil, mas essa pequena obra de 96 páginas é cheia de reflexões sobre poder. 

Existia uma fazenda chamada “Fazenda do Solar” onde os animais eram muito explorados pelo dono, até que um porco, o Major, reúne os animais na calada da noite e depois de um discurso muito convincente, todos decidem se revoltar contra o proprietário daquele lugar, e posteriormente instalar um governo dos animais. Nesse governo todos os animais seriam tratados de forma igual, nenhum deles teria privilégios, não haveria escassez de comida, não haveria mais exploração, todos iam trabalhar em conjunto para viverem de forma igual, em paz.  

E assim fazem, retiram da fazenda o dono e começam a criar esse sistema de governo onde todos viveriam felizes e em paz. Porém, com o tempo, esse discurso de todos são iguais começa a mudar. As regras que aquela comunidade deveria seguir, e que estão expostas para todos verem, começam a serem apagadas, ou seja, os direitos de todos começam a ser retirados, mas como a maioria dos animais não tem instrução, acham que apenas se enganaram ao ter a impressão que haviam mais direitos. É como se eles não notassem que havia mais direitos expostos. 

Com um grupo de animais sem instrução e que acredita facilmente no discurso do porco Major, este começa a adotar a vida que em seus discursos ele condenava, tudo em prol da felicidade daquela comunidade. É nítido no livro quando as promessas de igualdade são mudadas e a imposição de regras, de comportamentos feitos às vezes pela força, tomam conta da fazenda dos animais. 

A crítica social através dessa alegoria é evidente, é fácil de perceber que a falta de instrução faz as pessoas (mas no livro o autor se refere aos animais), confiarem cegamente em quem tem um discurso bonito e que faz promessas que refletem o sonho de cada um. 

Este pequeno livro é para ser lido com calma e atenção pois há uma série de acontecimentos que conseguimos, com reflexão, trazer para a nossa realidade atual, mesmo que tenha se passado muitos anos desde a primeira edição dessa obra. 


Eu gostei muito dessa leitura e em breve pretendo ler as outras duas obras que tenho do autor. 


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